Fecomércio perto de fechar compra do antigo Colégio Nova Friburgo

Falta apenas transferência de posse do imóvel, que pertence à FGV, para a entidade
terça-feira, 17 de julho de 2018
por Alerrandre Barros (alerrandre@avozdaserra.com.br)
O belo prédio que está em negociação para se transformar em hotel (Foto: Henrique Pinheiro)
O belo prédio que está em negociação para se transformar em hotel (Foto: Henrique Pinheiro)

A compra do casarão do antigo Colégio Nova Friburgo pela Fecomércio, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio de Janeiro, pode ser fechada nos próximos dias, segundo fontes de A VOZ DA SERRA. O negócio com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), proprietária do imóvel, está dependendo somente das assinaturas dos documentos para a transferência de posse.

Procuradas nesta segunda-feira, 16, a FGV e a Fecomércio não comentaram o assunto até o fechamento desta edição. O jornal apurou, porém, que a entidade do comércio ofereceu R$ 13 milhões pelo imponente casarão amarelo no Parque da Cascata, na Vila Nova, e quer desenvolver, por meio do Sesc e do Senac, um projeto para implantação de um hotel, um centro de atividades e um centro educacional no imóvel.

O anúncio da compra do casarão foi comemorado pela Associação de ex-alunos, Professores e Servidores do Colégio Nova Friburgo, que, há anos, vem se mobilizando pela preservação e reutilização do espaço. Desde 1998, a associação mantém no imóvel um Centro de Memória no local onde foi o antigo refeitório do colégio. “Temos a certeza que haverá uma porta aberta para que negociemos com os novos proprietários um espaço para a manutenção do nosso Centro de Memória”, comentou o presidente da associação, Fernão Gondin da Fonseca.

Avaliado em R$ 15 milhões, o imóvel foi colocado à venda pela FGV, pela primeira vez, em junho. A Fundação recebeu propostas de compra até o último dia 6 e informou que decidiu se desfazer do espaço “para fazer novos investimentos na área de ensino e pesquisa acadêmicos das suas unidades do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Brasília”.

Com 1,6 milhão de metros quadrados, sendo 17 mil de área construída, a propriedade conta com o prédio principal (onde funcionou o colégio) e outro anexo. Há ainda o ginásio com quadra poliesportiva, uma quadra de futebol, pista de atletismo, duas quadras de esporte na área externa, piscina e 44 casas, sendo 41 no campus e três externas.

Construído para ser um cassino, o imóvel foi ocupado pelo Colégio Nova Friburgo entre os anos 1950 até 1977. Anos depois do fim da instituição, o complexo foi cedido à Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), até 2011, quando a tempestade de janeiro destruiu o acesso ao local, e a instituição teve que deixar o imóvel.

O gigantesco imóvel cercado pela Mata Atlântica está fechado há seis anos e é vigiado por seguranças. O acesso de carro ao local é feito somente pela Rua Gabriel Rastrelli, de terra batida e cheia de buracos.  A antiga via principal continua bloqueada para veículos. É possível passar a pé por lá, mas a encosta tem sinais de deslizamentos recentes.

 

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