Durante a audência pública realizada na noite segunda-feira, 2, na Câmara Municipal de Nova Friburgo, para discutir o transporte público municipal, representantes da Faol disseram que vão retornar com os horários originais, informa Massimo em sua coluna em A VOZ DA SERRA. A mudança de horários dos ônibus foram duramente questionados durante a audiência, que teve maciça participação popular. Segundo o vereador Marcio Damazio, que propôs o debate, a concessionária assumiu o compromisso de realizar algumas modificações favoráveis à melhoria do serviço.
No último dia 13, o prefeito Renato Bravo decidiu congelar o reajuste da passagem este ano, devido às constantes reclamações de usuários dos ônibus. Ele decidiu criar uma comissão para avaliar as queixas, que podem culminar na aplicação de multas à empresa e até mesmo na redução da passagem, hoje, em R$ 3,95 - uma das caras do estado.
Passageiros relatam superlotação dos ônibus e a redução na quantidade de viagens e mudanças de horários nos itinerários sem comunicação prévia. Há reclamações também do estado de conservação de alguns coletivos, que, inclusive, costumam apresentar problemas mecânicos em regiões mais distantes do Centro.
Recentemente, moradores da Fazenda da Laje, no distrito de Conselheiro Paulino, e do Sítio São Luiz, no Cônego, apreenderam ônibus em protesto contra atrasos, superlotação e mudança nos horários das linhas urbanas.
Por outro lado, a Faol também enfrenta dificuldades de concluir itinerários devido ao estado de estradas na cidade, cheias de buracos que impedem a passagem do coletivo. A direção da empresa já reconheceu que a passagem é cara, mas afirma que o custo operacional também é alto e não recebe subsídio do governo pelas gratuidades concedidas.
Na avaliação de Damazio, a audiência foi positiva, muito produtiva, com a participação da população, que teve a oportunidade de falar e questionar. Os maiores questionamentos foram em relação às trocas de horários sem consulta ou aviso prévio.
Para o diretor da Faol, Paulo Valente, a audiência também foi muito produtiva, ao reunir representantes do poder público, da empresa e da população. "Ouvimos bastante, e também conseguimos passar um panorama de tudo que fizemos e as dificuldades que enfrentamos. Houve algumas manifestações desnecessariamente agressivas, mas o saldo foi bastante positivo", afirmou.
Em sua coluna, Massimo lembra que a concessão municipal se encerra ainda este ano. Apesar disso, ainda não foi dado início ao processo de licitação para selecionar a nova prestadora do serviço.
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