Familiares de grávida de 16 anos que morreu no hospital fazem novo protesto

Enquanto mãe conversava com secretário de Saúde, parentes e amigos exigiam respostas
segunda-feira, 29 de dezembro de 2014
por Jornal A Voz da Serra
Familiares de grávida de 16 anos que morreu no hospital fazem novo protesto
Familiares de grávida de 16 anos que morreu no hospital fazem novo protesto

No último dia 16, Laryssa Svoboda, 16 anos, faleceu após diversos problemas ocorridos depois do parto. Na tarde do dia 18, quinta-feira, familiares e amigos da adolescente fizeram um protesto, que teve início em frente ao Hospital Maternidade de Nova Friburgo e seguiu até a Prefeitura Municipal. Ontem, 29, o grupo fez novamente uma manifestação enquanto a mãe, Rosemary Svoboda, estava em uma reunião na Secretaria de Saúde.

Na manifestação — que teve início às 13h também em frente à Maternidade —, gritos pedindo justiça e resposta para o caso eram ouvidos, enquanto aqueles que protestavam fechavam a Avenida Alberto Braune em meia pista. Além das manifestações sobre a morte de Laryssa, também era falado sobre um bebê de 17 dias que havia falecido na Maternidade na manhã de ontem, supostamente por infecção. Elizabeth Pinheiro também estava lá, protestando pela morte de seu filho, Walison Pinheiro, morto há mais de um ano por falta de sangue no hospital em que foi atendido.

Em entrevista, Tatiane Svoboda, prima de Laryssa, comentou sobre o caso: "O protesto de hoje é porque queremos a resposta sobre o que aconteceu realmente com a Laryssa. Tiraram a vida dela de uma hora para a outra, mas para dar uma explicação é demorado. Disseram que ela tinha diabetes, pressão alta, mas nada disso é verdade. A minha prima era uma menina saudável, tanto que o bebê dela veio cheio de saúde”. Ainda sobre a situação, a parenta disse: "Eles queriam que doássemos os órgãos dela. Como doaríamos se foi dito que ela teve infecção generalizada?”.

Rosemary Svoboda: uma mãe em busca de justiça

A mãe de Laryssa, Rosemary hoje luta sem cansar em busca de justiça pela morte da filha. Na tarde de ontem, 29, ela foi recebida pelo secretário de Saúde, Luis Fernando Azevedo. A resposta que recebeu, porém, não foi a esperada. "Fiquei na reunião mais de uma hora e não me explicaram nada, disseram que ainda estão apurando o caso. O meu advogado conversou com eles e me deram um prazo de seis meses para explicarem o que realmente aconteceu.” 

Sobre o caso, o secretário de Saúde também explicou o procedimento de investigação à equipe de reportagem de A VOZ DA SERRA: "A maternidade respondeu nosso processo administrativo, que já foi enviado também ao Hospital Raul Sertã, onde a Laryssa ficou internada e veio a falecer, para apurarem todos os fatos, e estaremos abrindo um inquérito administrativo para obter o resultado, em um prazo de 180 dias, por lei municipal. É importante citar que é a primeira vez que estamos fazendo esse tipo de inquérito, para podermos resolver tudo para a família. Uma junta médica irá avaliar o caso e também faremos em janeiro uma avaliação de todos os prontuários da maternidade do ano de 2014”.

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TAGS: maternidade | morte
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