O jovem morto a tiros no início deste mês no condomínio Terra Nova, no distrito de Conselheiro Paulino, foi assassinado por motivo banal, segundo familiares. Leonardo Machado da Silva, de 25 anos, teria se envolvido em uma discussão dois dias antes do crime e teria sido ameaçado por um homem ainda não encontrado. “Ele foi morto depois que se envolveu em uma discussão, no último dia 5, para defender a irmã dele. Na briga, foi jurado de morte. Ele até comprou uma arma para se defender”, contou, ontem, 26, o pai da vítima.
Segundo a PM, Leonardo foi morto quando se aproximou da janela para atender ao chamado de uma pessoa. O rapaz abriu a janela e foi baleado, mas não resistiu aos ferimentos e morreu dentro do apartamento. Uma pistola calibre 32 mm foi encontrada ao lado do corpo. Depois que a morte de Leonardo foi confirmada, circulou pelas redes sociais uma foto na qual ele exibe várias cédulas de R$ 50 e R$ 100. Havia boatos de que o dinheiro seria proveniente do tráfico. “Não é verdade. O meu filho estava recebendo pensão do INSS por causa de um problema em uma perna e nos rins. Esse dinheiro que ele mostrou na foto era do benefício que ele recebia. O dinheiro estava atrasado há alguns meses”, contou a mãe da vítima.
Ainda de acordo com a PM, Leonardo tinha passagem na polícia por furto a estabelecimentos comerciais. No último dia 19, PMs apreenderam uma pistola Beretta 6.35 com quatro munições intactas em uma canaleta atrás de uma casa na Lagoa Seca. A arma pode ter sido usada para matar Leonardo. Durante a ação, os agentes prenderam dois rapazes, de 21 e 22 anos, por tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo. Um deles pagou fiança de R$ 2 mil e foi liberado em seguida. Enquanto o principal suspeito de matar o rapaz não é preso, a família dele teme represálias.
“Além de ameaçar o Leonardo, ele (o acusado) ameaçou meu outro filho de 15 anos. A polícia precisa prendê-lo. Nós tememos que ele volte para fazer mal a família”, disse o pai. O caso está sendo investigado pelos agentes da 151ª DP. A VOZ DA SERRA não citou o nome dos pais da vítima para preservar a identidade deles.
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