Em 3 de junho, a presidente da República, Dilma Rousseff (PT), e o governador Sérgio Cabral (PMDB) anunciaram a liberação de verbas para a recuperação de oito encostas em Nova Friburgo, destruídas na tragédia climática de 12 de janeiro. Diante do tamanho da devastação, o número de obras é considerado muito pequeno. Além disso, o fato das localidades mais populosas não terem sido beneficiadas no pacote dos governos estadual e federal têm criado uma lacuna — quase uma crise — nas relações entre os aliados políticos serranos e o Palácio Guanabara. Ontem, 22, o ex-prefeito de Bom Jardim e atual secretário estadual de Reconstrução Serrana, Affonso Monnerat, esteve com o vice-governador e secretário estadual de Obras, Luiz Fernando Pezão, para expor o pleito friburguense e conversar sobre a possibilidade de liberação de novos recursos para contenções no município.
Em recente entrevista a esta coluna, o prefeito Dermeval Neto (PMDB) já havia tornado público que considerava “muito pouco” o número de obras de reconstrução para Nova Friburgo. Na ocasião ele disse textualmente: “Achei muito pouca obra. Além do mais, entendo que áreas prioritárias, mais populosas e carentes, ficaram em segundo plano. Foi muito pouco. A ideia, no entanto, não é só ficar reclamando, mas agir. Vamos ao Sérgio Cabral e à presidente Dilma cobrar a liberação de mais obras de encostas e também de drenagem”, disse. “São 800 encostas e só liberaram oito. Tinham que ter dado prioridade também para Conselheiro Paulino, São Geraldo, Riograndina, Córrego Dantas... Vamos pressionar para sermos ouvidos e atendidos. As chuvas vão voltar”, frisou Dermeval, alertando que se não houver uma ação mais rápida é inevitável que aconteçam novos problemas graves no próximo verão.
O resultado da reunião entre Affonso Monnerat e Luiz Fernando Pezão não foi divulgado. Mas certamente terá desdobramentos nos próximos dias.
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