Sr. Prefeito, gostaria de saber o que está sendo feito para a construção do Distrito Industrial de Nova Friburgo? Fiquei sabendo pelo jornal que, se ele for realmente feito, vai haver a geração muitos empregos e renda para a nossa cidade. Mas fica uma dúvida: será que o próximo governo vai tocar esse projeto?
Armando Felix Neto, 44 anos, mecânico, Conquista.
Resposta: Caro Armando:
Estamos desde o início da nossa gestão lutando para que todas as etapas da construção do Distrito Industrial de Nova Friburgo avancem o mais rápido possível, com estratégia e planejamento. Sabemos que os avanços que conseguimos para a construção do Distrito Industrial serão um verdadeiro legado do nosso governo, e esperamos que o próximo governante tenha a sabedoria de prosseguir com esse projeto, que se tudo der certo, tem previsão de ser concluído em no máximo dois anos. Na semana passada, estivemos reunidos com representantes da Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro (Codin), por meio das secretarias municipais de Desenvolvimento Industrial, Meio Ambiente e Comunicação Social. Nessa reunião, ficou acertado todo apoio da Codin ao projeto, que assim que estiver finalizado, vai tramitar por outras esferas, até o mesmo ser oficializado por meio de um Decreto Estadual, a ser assinado pelo governador do Estado, Sérgio Cabral. No projeto estará descrito o que vai ser feito, o que se espera, os tipos de empresas que vão fazer parte, e abordará ainda o potencial de crescimento, de geração de renda, e a logística do local. Segundo o plano, o governo do estado faria a desapropriação dos terrenos, e após isso, eles seriam financiados de forma facilitada aos empresários interessados. A Prefeitura está capitaneando todo o projeto com o apoio de instituições como a Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), o Codenf (Conselho de Desenvolvimento de Nova Friburgo), e agora com o governo do estado, por meio do Codin. Também está prevista a parceria com o governo federal. Esta semana estamos efetuando reuniões para se obter parcerias financeiras, para que sejam oferecidas linhas de crédito de fomento à indústria, aos empresários de Nova Friburgo e demais interessados em se instalarem no distrito. Conforme acertado com o governador Sérgio Cabral, com o vice-governador Luiz Fernando Pezão e com o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, Júlio Bueno, o Distrito Industrial será construído em Conquista, no Terceiro Distrito de Nova Friburgo. Conforme a proposta da Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Econômico, o Distrito Industrial prevê a reunião de empresários do setor da indústria em um só local, de forma planejada e organizada, com toda a logística, infraestrutura e organização para o funcionamento eficaz, confortável e de qualidade das indústrias. Logo, o objetivo não é apenas realocar as indústrias de Nova Friburgo, mas também atrair novas empresas dispostas a investir no município. Lembrando que Nova Friburgo fica próxima ao Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, o Comperj. O Complexo tem previsão para entrar em operação em 2014, e tem por objetivo promover a transformação completa do petróleo, produzindo produtos de grande utilidade, como plásticos e outros petroquímicos. Além disso, o empreendimento prevê a geração de mais de 200 mil empregos diretos e indiretos, isso nos cinco anos da obra e após a entrada em operação.
Prefeito Sérgio Xavier, a cobrança da taxa de esgoto por parte da Águas de Nova Friburgo voltou a ser válida, isso depois do recurso aceito pelo Judiciário, movido pela concessionária contra o decreto municipal que ordenava a suspensão da cobrança. Como vai ficar isso? Qual a sua posição sobre o assunto?
Jucélia Cristina Marques Dias, 55 anos, secretária, Cascatinha.
Resposta: Cara Jucélia:
Em 15 de agosto determinamos, por meio do Decreto Municipal nº 142/2012, que a taxa de esgoto cobrada pela Concessionária Águas de Nova Friburgo, em áreas onde a captação não estava funcionando adequadamente, fosse suspensa. Isso foi feito por entendermos que a população não pode pagar por um serviço que não está recebendo. A decisão foi tomada após a Autarquia Municipal de Águas e Esgotos de Nova Friburgo (Amae) ter solicitado e, em seguida autuado, a concessionária Águas de Nova Friburgo, que vinha cometendo constantes irregularidades na coleta, afastamento e tratamento de esgotos. Irregularidades essas também comprovadas por estudos da Secretaria Municipal do Meio Ambiente. Em 23 de agosto, a Primeira Vara Cível de Nova Friburgo suspendeu os efeitos do Decreto, após a Águas de Nova Friburgo entrar com um recurso contra a nossa decisão. Dessa forma, assim que a Prefeitura foi notificada da decisão da Justiça, a Procuradoria do Município começou a fazer os levantamentos necessários para recorrer contra a suspensão do decreto, por entendermos que um dos principais objetivos do decreto era fazer com que a Águas de Nova Friburgo se preocupasse em verificar onde estão ocorrendo as falhas, e as corrigisse o mais rápido possível. Mas, não foi o que aconteceu. Entendemos que a empresa deveria, na realidade, cumprir o que reza o contrato, que determina a cobrança do esgoto enquanto ele seja tratado. Assim, vamos em busca de provar ao Poder Judiciário que a proibição da cobrança da taxa de tratamento de esgoto foi feita devido a empresa Águas de Nova Friburgo ter, em seu serviço prestado aos friburguenses, inúmeras falhas em boa parte do sistema e nos códigos.
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