Faixas de pedestres: má conservação só faz agravar o perigo para todos

quarta-feira, 31 de dezembro de 1969
por Jornal A Voz da Serra
Faixas de pedestres: má conservação só faz agravar o perigo para todos
Faixas de pedestres: má conservação só faz agravar o perigo para todos

Henrique Amorim
Com o trânsito em Nova Friburgo cada vez mais confuso, com a circulação estimada de cerca de 80 mil carros por dia em vias não projetadas para tamanho fluxo, as faixas de pedestres passam a ter sua real função cada vez mais necessária, mas, infelizmente, são constantemente ignoradas tanto por motoristas como por pedestres. É bem verdade que alguns motoristas já estão começando a mudar hábitos e parando os veículos sempre que avistam pedestres tentando atravessar nas faixas, o que é visto com bons olhos pela Autarquia Municipal de Trânsito (Autran) de Nova Friburgo. Porém, a conservação de muitas faixas no Centro e nos bairros deixa a desejar, tornando as travessias arriscadas. Desde a semana passada a Autran iniciou a repintura das faixas do Centro, mas o serviço requer uma periodicidade maior, já que o calçamento de paralelepípedos ou bloquetes de cimento favorece o desgaste da pintura devido à falta de aderência. E as chuvas ainda colaboram para danificar a pintura mais rapidamente.  
Algumas faixas estão com a pintura tão desgastada que nem dá mais para perceber que determinado local é destinado à travessia dos pedestres. O mesmo problema se observa também nas faixas de avenidas do eixo rodoviário, que são asfaltadas. Algumas delas também foram repintadas nos últimos dias. Uma solução apontada por alguns motoristas seria a pavimentação com asfalto dos trechos destinados a faixas de pedestres na Avenida Alberto Braune e demais vias com paralelepípedos. O superintendente da Autran, coronel PM Hudson Aguiar Miranda, acha a sugestão interessante e pretende avaliá-la para uma possível implantação. Por hora, o órgão dedica-se às operações de recuperação de toda a sinalização horizontal do município e vem também instalando placas em vias de maior intensidade de tráfego.

Faixas nas esquinas tornam a travessia ainda mais perigosa
Outra queixa recorrente de muitos transeuntes é que as faixas são localizadas muito próximas às esquinas, o que obriga alguns motoristas mais apressadinhos a terem que frear bruscamente ao dobrar essas esquinas, aumentando assim o risco de atropelamento de quem estiver atravessando na faixa. Um exemplo é a esquina da Avenida Alberto Braune com Rua Duque de Caxias, ou Praça Dermeval Barbosa Moreira com Rua Monte Líbano, entre tantos outros exemplos. O superintendente da Autran observa que o ideal era mesmo que as faixas fossem mais recuadas, oferecendo maior segurança aos pedestres no momento da travessia, mas a opção foi pintá-las na mesma direção das rampas adaptadas para a travessia de cadeirantes. “Infelizmente muitas dessas rampas foram construídas muito próximas às esquinas e se as faixas fossem recuadas dificultaria a travessia dos cadeirantes, que já enfrentam dificuldades com o calçamento das ruas”, observa o coronel Hudson.
“A faixa de pedestre deveria ter sido pintada num trecho um pouco mais afastado da esquina. Outro dia uma senhora com uma criança ao colo teve um grande susto quando um carro freou bem em cima da faixa. A mulher quase caiu”, observa o aposentado José Leônidas Pires de Macedo. 
O atendente comercial Alan de Freitas defende que as faixas de pedestres, além de bem pintadas, devam também ser asfaltadas para evitar que os transeuntes percam o equilíbrio nos calçamentos de blocos de cimento ou paralelepípedos, que costumam ser irregulares. Mulheres com calçados de salto alto são as que correm mais risco de quedas. 

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