Apesar da onda de calor dos últimos dias, oficialmente, o inverno chega no próximo dia 21, e em Nova Friburgo a estação costuma dar as caras muito tempo antes.Faça frio ou não, qual friburguense, ao passar pelo Centro da cidade pela manhã, não faz questão de olhar o relógio digital no início da Avenida Alberto Braune para saber a temperatura logo cedinho? Quando o termômetro registra temperaturas bem baixas, inferiores a 5 graus, o fato vira notícia e tem até turista que não hesita em tirar selfie junto ao relógio. E quando faz calor às portas do inverno, também é inusitado. Só que, desde que o equipamento passou por manutenção pela última vez, a medição das temperaturas deixou de ser registrada no relógio da Alberto Braune, como também no da Praça Marcílio Dias, no Paissandu, frustrando muita gente. Os equipamentos registram apenas a hora e a data, intercaladas com mensagens comerciais.
Na terça-feira, 30 de maio, por exemplo, os friburguenses perderam mais uma oportunidade de conferir oficialmente a queda brusca dos termômetros. Naquele dia o município registrou em Salinas, no distrito de Campo do Coelho, a menor temperatura do país: 6,2 graus, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Esta não é a primeira vez que a localidade registra a temperatura mais baixa do país. Em 2015, Salinas, já conhecida pelas baixas temperaturas durante o inverno, com formação de geada, também registrou 6,2 graus.
Se para alguns o inverno não é agradável, para outros ele é considerado a melhor época do ano, trazendo a elegância dos casacos e botas, além das noites regadas a vinho, fondues e cobertores. “Eu adoro o inverno! É, com certeza, a minha estação preferida”, exclamou a aposentada Marly Santos.
Inverno tende a ser menos rigoroso este ano
Embora não haja previsão para o próximo trimestre especificamente para Nova Friburgo, o CPTEC/Inpe estima que, no Estado do Rio, o inverno que começa oficialmente em 21 de junho não deverá ser dos mais rigorosos. Em reunião climática realizada, pesquisadores de vários institutos discutiram os campos atmosféricos do último trimestre (fevereiro, março e abril) e as previsões possíveis para junho, julho e agosto, chegando a esta conclusão. Em relação às chuvas, o inverno deste ano será seco, dentro da média histórica.
“Mesmo tendo uma previsão de temperaturas dentro da normalidade com tendência de ser acima, podemos ter alguns dias frios. Mas nenhum padrão atmosférico indica que, na média, essa estação será mais fria que as anteriores”, disse a climatologista do Grupo de Previsão Climática do CPTEC/INPE, Renata Tedeschi.
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