Ex-funcionários da UPA ainda sem previsão para receber salários

Mais de 30 profissionais aguardam rescisão dos contratos de trabalho há mais de dois meses
quarta-feira, 07 de outubro de 2015
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Lúcio Cesar Pereira)
(Foto: Lúcio Cesar Pereira)

“Jogo de empurra-empurra” pode ser uma boa definição para a situação dos ex-funcionários terceirizados da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no distrito de Conselheiro Paulino, que desde agosto não conseguem rescindir os contratos de trabalho e receber os salários atrasados que deveriam ter sido pagos pela LMFaz Serviços e Terceirização. Um representante da empresa carioca viria na semana passada à Nova Friburgo assinar as rescisões, mas isso não aconteceu, e os trabalhadores não sabem por que. Não há previsão para que os salários dos ex-funcionários da unidade de saúde sejam pagos pela empresa.

Em julho deste ano, pelo menos 30 profissionais que foram contratados pela LMFaz para trabalhar na portaria e em serviços de limpeza e manutenção na UPA foram avisados que seriam demitidos porque o Instituto Unir, que administra a unidade de saúde, rescindiu o contrato com a LMFaz. Os trabalhadores cumpriram o aviso-prévio, mas, em agosto, a empresa não fez a rescisão porque não teria recebido o repasse das verbas feito pela Unir. A administradora da UPA, por outro lado, afirma que pagou a LMFaz.

A Secretaria Municipal de Saúde confirmou na semana passada que a Unir pagou a LMFaz, e, ontem, 7, esclareceu que a administradora da unidade de saúde de Conselheiro Paulino está em contato com o sindicato dos trabalhadores para acertar a rescisão dos ex-funcionários. O que tudo indica é que a Unir pagará os salários atrasados dos empregados da LMFaz. “A Prefeitura e a Secretaria de Saúde de Nova Friburgo estão acompanhando de perto a resolução desta questão”, informa a nota. O governo municipal, entretanto, não deu um prazo para que o problema seja resolvido, mas disse que as rescisões devem sair “em breve”.

Diante da demora, um grupo de trabalhadores buscou ajuda de alguns vereadores, entre eles o parlamentar Ricardo Figueira, que pôs à disposição do grupo o seu escritório de contabilidade. “Eu fiz os cálculos rescisórios de 12 ex-funcionários para que eles tenham em mãos os valores que deverão receber da empresa. Se a rescisão não sair por meio da Unir e do sindicato, vamos iniciar o plano B, que é entrar com uma reclamação trabalhista coletiva na Justiça”, disse o vereador.

Além dos salários atrasados, os trabalhadores ainda afirmam que o pagamento de julho foi creditado com valores errados e reivindicam dois meses e meio de vale-transporte e alimentação que não foram pagos pela LMFaz. Estima-se que o valor das rescisões gira em torno dos R$ 180 mil.

A VOZ DA SERRA não conseguiu contato com a LMFaz. Por telefone, um representante do Instituto Unir Saúde informou que a empresa não irá se pronunciar sobre o assunto. “Como a Unir presta um serviço para a Prefeitura de Nova Friburgo, as questões devem ser esclarecidas com a Secretaria Municipal de Saúde”, disse.

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