Dando início às três edições do Especial Carnaval, a equipe do Light resolveu botar o bloco na rua e recomendar, ela própria, livros e CDs imperdíveis para os foliões. Ou para quem apenas goste de ótimas histórias e músicas. Venha conosco para esta folia de sons, histórias e lembranças.
Até Quarta-Feira
De: David Massena
Quando resolvemos produzir três cadernos especiais sobre carnavais passados de Nova Friburgo, não achávamos que entraríamos num buraco sem fim. Sim, porque por mais que soubéssemos que a história das festas de Momo do município era rica e que vinha de longas datas, não imaginamos que conseguiríamos contagiar cada pessoa com quem estivéssemos apenas batendo um papo sobre o assunto. É só falar sobre carnavais passados e recebemos uma enormidade de sugestões, lembranças de família, fotos e mais fotos. O material é tão farto, que ficamos sem saber por onde começar e pior: como acabar. Até que a fotógrafa Regina Lo Bianco – sempre ela – trouxe algumas fotos do bloco da localidade de Rio Bonito e, com elas, o livro "Até Quarta-Feira”, de David Massena. Pronto, havíamos encontrado nosso norte. Sem bajulações (afinal ele, com muita honra, é colunista do Light, como vocês podem ver aí em cima), adotamos o livro como nossa referência, nosso tira-dúvidas e melhor, como nosso livro pessoal da vez. Mesmo quem não gosta de carnaval, terá um grande prazer em lê-lo, já que mais do que a folia, Até Quarta-Feira é um retrato da nossa sociedade através dos tempos. Ou seja, é um livro para ser lido também depois de quarta-feira de cinzas. Imperdível.
Trinta Anos de Samba-Enredo
De: Pedro Amaral. ZFM Editora.
Pedro Amaral apresenta um panorama de trinta anos – de 1970 a 2000 – dos carnavais do Rio de Janeiro, com direito a sambas-enredo, não necessariamente os das escolas vencedoras. É claro que o leitor pode sentir falta desse ou daquele samba, mas gosto é gosto e, no geral, o autor conseguiu fazer uma boa escolha. Fácil de ler, ele serve como fonte de consulta ou simplesmente como uma boa forma de rememorar os carnavais. Não se lembra de "Lendas e Mistérios da Amazônia”, da Portela em 1970? Está lá. E "Alô, Alô, Taí Carmem Miranda”, do Império Serrano em 1972? O belíssimo "Domingo”, que marcou a União da Ilha em 1977, também está no livro. E, claro "Os Sertões”, da Em Cima da Hora (76), "Criação do Mundo na Tradição Nagô” (Beija-Flor 77), "É Hoje” (Ilha, 82), "Contos de Areia” (Portela 84), "Ziriguidum – 2001” (Mocidade 85), os maravilhosos "Kizomba, Festa da Raça” (Vila Isabel) e "100 anos de Liberdade, Realidade ou Ilusão” (Mangueira), ambos de 88, "Liberdade! Liberdade! Abra as Asas Sobre Nós” (Imperatriz, 89), recém tema de abertura de novela da TV Globo e o inesquecível "Ratos e Urubus... Larguem Minha Fantasia”, da Beija-Flor, também de 89. E, como não poderia faltar, "Peguei um Ita no Norte” (Explode coração...), do campeão de 1993, Acadêmicos do Salgueiro. Enfim, um livro pra ser lido e cantado.
Sambas de Enredo 2014
Todo ano é a mesma coisa: o CD das escolas de samba do Rio é lançado e todo mundo diz, "não se faz mais sambas como antigamente”. Passa um pouco e lá estamos nós, curtindo este ou aquele samba, procurando saber o da nossa escola de coração, em frente à TV, tentando acompanhar os intérpretes. Então, renda-se à magia do carnaval das escolas e curta o CD 2014. Só para lembrar: no grupo especial deste ano, estão Vila Isabel (campeã do ano passado), que vem de "Retratos de Um Brasil Plural”; Beija-Flor, com"O Astro Iluminado da Comunicação Brasileira”; Unidos da Tijuca, homenageando Ayrton Senna ("Acelera, Tijuca!”); Imperatriz, homenageando Zico ("Arthur X – O Reino do Galinho de Ouro na Corte da Imperatriz”); Salgueiro, com "Gaia, A Vida em Nossas Mãos”; Grande Rio, com "Verdes Olhos de Maysa sobre o Mar, no Caminho Maricá”; Portela, com "Um Rio de Mar a Mar: do Valongo à Gloria de São Sebastião; Mangueira, com "A Festança Brasileira Cai no Samba da Mangueira”, União da Ilha, com "É Brinquedo, É Brincadeira, A ilha Vai Levantar Poeira”, São Clemente, com "Favela”, Mocidade com "Pernambucópolis” e Império da Tijuca com "Batuk”.
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