Estudos revelam: para ter saúde perfeita é bom manter o nível do colesterol estável

sexta-feira, 21 de novembro de 2008
por Jornal A Voz da Serra

O mais recente estudo revela que quem tem um nível muito baixo do LDL, o mau colesterol, pode ter alguma complicação, como, por exemplo, depressão. O que já se sabe é que o nível do colesterol elevado pode provocar possíveis males, como o entupimento das artérias coronárias e, assim, provocar angina do peito, infarto e, quando acontece nas artérias do cérebro, causar derrame cerebral. O melhor é manter o LDL equilibrado.

O colesterol é uma substância do grupo das gorduras, produzida pelo fígado. Como muita gente pensa, pode apenas fazer mal à saúde, no entanto, é essencial para o organismo do ser humano. “O colesterol é extremamente importante para o organismo, sem ele não fabricamos os hormônios sexuais, não fabricamos a vitamina D e sem ele não teremos uma condição de vida boa”, diz o médico ortomolecular José Augusto da Silva.

Segundo a nutricionista do Sesc, Elisa Loureiro, não existe tal substância nos vegetais, apenas no organismo animal. Em pequena quantidade é essencial para o organismo, como a produção de hormônios masculinos e femininos, na síntese da vitamina D, na construção e restauração contínua das membranas que envolvem as células, na composição do ácido biliar, que regula a digestão dos alimentos. No entanto, o excesso pode causar problemas.

“O exercício físico e a dieta adequada são as formas básicas para a prevenção e o tratamento dos níveis elevados de colesterol. A dieta pode reduzir os níveis de colesterol em 10 e 15%,” explica a nutricionista. Mas há uma ressalva para quem tem tendência hereditária em ter o nível do mau colesterol LDL, pois este, junto com a homocisteína, pode começar a depositar gordura nos vasos sangüíneos e, assim, provocar o entupimento das artérias. “A nossa artéria funciona como se fosse um cano com ferrugem dentro, vai diminuindo o diâmetro da artéria. Então, esse entupimento pode provocar um infarto ou um derrame”, alerta José Augusto.

Em contrapartida, há o bom colesterol, o HDL, responsável por absorver o mau colesterol e levá-lo para o fígado, desta forma expelindo-o através do organismo. O médico considera que temos que ter o HDL muito alto e o LDL bem baixo. No entanto, alerta que a pessoa não precisa ficar alarmada por causa da taxa do colesterol. “O ser humano tem que ser analisado como um todo, porque se você tem um LDL alterado, um triglicerídeo (gordura no sangue) alterado, junto com isso você tem um excesso de gordura no corpo, está obeso e sua glicose sangüínea está aumentada, você pode ter uma síndrome metabólica, uma resistência a insulina”, argumenta o médico. Ele conclui que cada pessoa é uma e que muitos podem viver com um nível de colesterol alto e viver bem, desde que os outros componentes estejam em níveis normais no organismo.

José Augusto deixa claro que o colesterol de que o ser humano necessita o fígado fabrica. “A natureza é sábia. O que a gente come por fora é que pode causar essa alteração. Então, deve-se ter cuidado com as frituras, com as carnes extremamente gordurosas e açúcar em demasia”, esclarece o médico. O açúcar no organismo pode se tornar gordura, o que implica composição do colesterol.

Dois alimentos considerados por muitas pessoas como gordurosos, a água de coco e o abacate, tido até como um vilão, possuem gordura saudável para o organismo. Isso porque essa gordura não é incorporada pelas células do organismo. “Os alimentos que ajudam o bom colesterol e diminuem os riscos do mau colesterol são as fibras, presentes em cereais integrais, como arroz, aveia, cevada, centeio, e na casca de frutas, como maçã, pêra e bagaço de laranja. Os alimentos ricos em antioxidantes, como as frutas cítricas e as folhas verde-escuras, impedem a oxidação do LDL, que está por trás da formação das placas de gordura”, esclarece a nutricionista.

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