Henrique Amorim
Considerada pelos motoristas como uma das piores rodovias da região, devido ao péssimo estado de conservação, a RJ-122 (Cachoeiras de Macacu-Guapimirim), enfim, está sendo recuperada pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Estado (DER-RJ). Ao longo dos cerca de 30 quilômetros de extensão da via por onde é escoada grande parte da produção agrícola com destino ao Ceasa de Irajá, na Avenida Brasil, no Rio de Janeiro, está sendo aplicada uma nova tecnologia de pavimentação: o asfalto-borracha. A novidade possui alta viscosidade garantindo maior aderência aos pneus dos veículos. O novo tipo de asfalto, que, se aprovado na RJ-122, poderá ser utilizado também em demais rodovias do Estado, que serão beneficiadas com novos recapeamentos e pavimentação, é produzido no próprio local da obra.
Recentemente o presidente do DER-RJ, Henrique Ribeiro, vistoriou o serviço executado na RJ-122 e aprovou a nova tecnologia. Na oportunidade, ele disse ainda que após a nova pavimentação, a rodovia que, antes da inauguração da Ponte Rio-Niterói, era a principal ligação do Rio de Janeiro à Nova Friburgo, voltará a ser uma opção para os motoristas que se dirigem das zonas norte e oeste da capital e também da Baixada Fluminense para os municípios do Centro-Norte e Noroeste do Estado do Rio e vice-versa, já que a RJ-122 termina no entroncamento com a BR-116 (Rio-Teresópolis-Além Paraíba).
Atualmente, muitos motoristas oriundos das zonas norte e oeste do Rio ainda preferem seguir pela Avenida Brasil e acessar a ponte Rio-Niterói para só então seguir viagem em direção à Nova Friburgo pela BR-101 e RJ-116 (Itaboraí-Comendador Venâncio/Itaperuna), devido as más condições da RJ-122, o que já começa a mudar, pois as obras estão adiantadas e deverão ser concluídas nas próximas semanas. Na maior parte de sua extensão, a RJ-122 apresentava um infinidade de buracos e fissuras na pista, principalmente nas imediações das localidades de São José da Boa Morte e Guapiaçú, em Cachoeiras de Macacu, e Parada Modelo, em Guapimirim.
Em épocas de chuva forte, vários trechos da RJ-122 também eram inundados com os transbordamentos do Rio Guapiaçú.
“Depois da construção de diques na região, a situação melhorou um pouco, mas as crateras ao longo da pista se transformam em verdadeiras piscinas. Trafegar por essa estrada antes do novo asfaltamento era um risco de morte, principalmente à noite. Já presenciei muitos acidentes por lá devido aos buracos”, comenta o caminhoneiro Ozéas de Souza Barbirato, que costuma trafegar com frequência pela RJ-122 transportando cimento do polo de Cantagalo para empresas dos distritos industriais de Campo Grande, na zona oeste carioca, e de Itaguaí, na Costa Verde Fluminense.
Vale lembrar que os motoristas que optarem pela RJ-122 nas viagens com destino ao Centro ou a zona sul do Rio de Janeiro devem preparar o bolso, pois o pedágio na BR-116, altura do município de Magé, custa R$ 9,70 e R$ 19,40 para ônibus e caminhões, sem contar o pedágio da RJ-116, altura de Boca do Mato, em Cachoeiras de Macacu, que custa R$ 3,70.
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