O prefeito Renato Bravo se reúne na tarde desta sexta-feira, 1, com o superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no Rio, Manoel Vieira. O assunto será a paralisação das obras na Estação Livre por determinação do órgão e as condições para a sua retomada
Segundo o Iphan, a Estação Livre não conta com um tombamento individual, mas está abrangida como área de entorno de bem tombado, no caso a Praça Getúlio Vargas. Como tal, não pode sofrer alterações que alterem sua volumetria e que, eventualmente, venham a prejudicar a leitura visual do bem tombado.
As obras foram paralisadas, na última quinta-feira, 24, quase quatro meses após o início da remodelação do pátio externo e da construção de uma cobertura. A Prefeitura de Nova Friburgo iniciou as obras, em julho, sem a aprovação do órgão, que é o responsável pela preservação de bens tombados.
“O prédio faz parte do entorno da praça e, como tal, não pode sofrer alterações que mudem sua volumetria (conjunto das dimensões que determinam o tamanho de uma construção, dos agregados, da terra retirada ou colocada no terreno) e que, eventualmente, venham a prejudicar a leitura visual do bem tombado. Assim, intervenções em áreas de entorno têm que ser aprovadas pelo Iphan”, explicou o instituto, que na quinta-feira recebeu o projeto da Estação Livre para análise. Não há previsão para o parecer final do órgão.
Pacotão de obras
As obras na área externa da antiga rodoviária urbana fazem parte do “pacotão de obras” anunciado pelo prefeito Renato Bravo em fevereiro. Na época, Bravo disse que o projeto não iria alterar a estrutura do prédio. “Esse é um projeto que foi pensado para dar mais comodidade para a população que utiliza o local para embarque e desembarque do transporte coletivo. Ele não mexe com a estrutura da estação, o que será feito é uma ampliação da cobertura nas laterais e também melhorias no entorno”, afirmou em entrevista para A VOZ DA SERRA, na época.
As intervenções na Estação Livre começaram no dia 4 de julho, no lado Norte. No local, a construtora fez a remodelação do pátio em um formato que, segundo a prefeitura, facilitará as manobras dos ônibus, agilizando o embarque e desembarque de passageiros. A estrutura da cobertura, que vai proteger os usuários em o todo o trecho do pátio, também está quase concluída. Nesta sexta-feira, 25, no entanto, a equipe de reportagem de A VOZ DA SERRA viu homens trabalhando no local, apesar do anúncio de que as obras teria sido interrompidas.
Por causa das obras, os ônibus que vêm da região Norte da cidade, que inclui os distrito populosos de Conselheiro Paulino, Campo do Coelho e Riograndina, estão parando, temporariamente, na Rua Sete de Setembro. Já no lado Sul da Estação Livre, o embarque e desembarque de passageiros continua sendo feito normalmente. As obras nesse lado já deveriam ter começado, pois a previsão de conclusão dos serviços em toda a antiga rodoviária urbana era 8 de dezembro deste ano. A obra vai custar R$ 1.032.184,16 ao município.
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