O mau estado de conservação de algumas fontes situadas em pontos movimentados do centro de Nova Friburgo foi destaque de matéria publicada na edição do último dia 23 que repercutiu entre leitores de bairros tradicionais da cidade. Alguns entraram em contato com a redação de A VOZ DA SERRA e listaram outras conhecidas bicas e chafarizes de água que já foram referência na cidade e atualmente estão em condições precárias.
Muito frequentada no passado, a bica situada na rua de acesso ao bairro Lagoinha está entre os exemplos citados. Desativada há muitos anos, a fonte deu lugar a um amontoado de mato e folhas secas que em nada lembram o outrora bucólico trecho. Moradores mais antigos da cidade acreditam que a fonte foi secando devido ao crescente processo de desmatamento das áreas verdes.
“Às vezes quando tem uma chuva mais forte, aparece um filete de água escorrendo mas que não se compara ao que era”, observa um ex-frequentador do local.
Ao contrário do Lagoinha, o trecho conhecido como antiga linha do trem, entre a Ponte da Saudade e o distrito de Mury, ainda preserva abundantes bicas de água. A modernização das mesmas consta de lei sancionada em 2012 pela prefeitura objetivando agregar valores turísticos ao caminho, muito frequentado por praticantes de caminhadas e passeios ciclísticos.
A melhoria nas fontes naturais ainda não saiu do papel e faz parte de uma série de investimentos estruturais previstos na lei visando à formação de um conjunto cênico ecocultural ao longo do percurso.
Em outro ponto da cidade, entre o Cônego e Vargem Grande, uma bica situada nas imediações da Rua Francisco Cabral também ainda jorra água de nascente e costuma ser muito procurada por quem reside na região. A manutenção do trecho é feita por pessoas da própria comunidade que defendem sua recuperação e revitalização, a fim de oferecer mais conforto e segurança.
Inativas, peças ganham novas funções
A falta de manutenção das fontes e chafarizes espalhados pelos espaços públicos também tem feito com que estes ganhem novas funções. É o caso da fonte localizada no muro de fundos do Clube de Xadrez que eventualmente tem servido de assento por quem aguarda ônibus. Isso porque fica logo ao lado do ponto das linhas intermunicipais e acaba sendo usada indevidamente.
Outro exemplo de má conservação pode ser observado no chafariz situado próximo a ponte da Rua 7 de Setembro, que integra o Largo João Batista Bussinger. Vazio há anos, o repuxo está cercado de mato e bastante deteriorado pela ação do tempo. Ainda reluzentes e preservados, os três anjinhos situados no topo frequentemente viram depósito de lixo e materiais como fios e cabos.
Alguns leitores que entraram em contato com o jornal sugeriram que empresários do entorno poderiam se cotizar para recuperar o chafariz, o que ajudaria a embelezar e valorizar o trecho.
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