ESPORTES - Vale a taça!

No dia 5 de maio, Corujão e Vargem Alta se enfrentaram na rodada de abertura da Supercopa SAF. Dois meses depois, as duas equipes têm novo encontro marcado na decisão do torneio. A partida será neste domingo, 7, por volta das 12h30, no Estádio Marcio Branco, no Stucky. Por ter feito a melhor campanha da primeira fase, o time de Olaria joga com a vantagem do empate para levar o título. Antes, às 10h, Saudade e Amparo disputam o terceiro lugar. Durante todo o dia haverá uma grande festa de encerramento, com entrega de premiação, show musical e pouso de paraquedistas entre um jogo e outro. 

A expectativa é por um jogo de alto nível. Corujão e Vargem Alta confirmaram o favoritismo, e com campanhas semelhantes chegaram à grande final da Supercopa. O evento, organizado pela Secretaria de Esportes, percorreu diversas localidades do município durante a primeira fase. O público prestigiou as partidas e o torneio é considerado um sucesso pelos idealizadores.

"Todos estão comentando na cidade. Nós, da Secretaria de Esportes, não esperávamos que fosse tão bem-sucedido. Os times estão participando, comparecendo aos jogos e isso nos dá a certeza de que poderemos fazer uma competição igual ou melhor no próximo ano”, garante Jorge Freiman, um dos organizadores da competição.

Para encerrar em alto nível, a decisão será apitada por Luiz Antônio Silva Santos, o Índio, árbitro profissional da Federação de Futebol do Rio de Janeiro. 

Equipes apostam no conjunto

Os times finalistas possuem semelhanças que vão além do mesmo número de gols marcados na competição. Formados por ataques rápidos e defesas sólidas, Corujão e Vargem Alta mantêm a mesma base que disputa outros campeonatos municipais e o entrosamento é uma das características marcantes das duas equipes. "Nosso time joga junto há muito tempo e todos se conhecem. Isso facilita o desempenho do nosso time, que toca a bola com facilidade”, comenta Julio César Figueiredo, técnico do Corujão.

Para o meia Roosevelt Bernardo, capitão do Vargem Alta, o duelo colocará frente a frente os dois melhores times da competição. "Fico feliz com a nossa equipe, representante de uma área rural da cidade e fanática por futebol. Vamos repetir o jogo da primeira rodada, que era muito esperado. Eles têm a vantagem do empate, mas nós podemos vencer.”

Ao contrário dos profissionais, os atletas de futebol amador não sobrevivem do esporte, possuem outros empregos e reúnem-se apenas no dia da partida. Mesmo sem a rotina de treinamentos, preparação psicológica e alimentação adequada, os jogadores vivem o clima da decisão durante a semana. "Existe a proximidade de alguns jogadores, até por trabalhar perto, e esse é o comentário que predomina na roda de amigos. O futebol é amador, mas a expectativa e a tensão são as mesmas ou até pior. O profissional tem todo o preparo psicológico, alimentação correta e nós temos que cuidar disso por nossa conta, para estarmos inteiros no dia da partida”, destaca Roosevelt.

- O Corujão foi o time que mais venceu na competição, seis vezes em oito partidas

- O time de Olaria joga pelo empate e sofreu apenas duas derrotas em todo o torneio

- A melhor defesa entre os semifinalistas é do Corujão: sofreu apenas oito gols

- Os jogadores estão juntos há bastante tempo e o entrosamento é uma das virtudes da equipe

- Tradicional na cidade, o time está acostumado com partidas decisivas e tornou-se especialista em conquistar títulos

Elenco: Alexandre Bongard, Aristóteles Cordeiro, Cleiton Santos, Daivid Teixeira, Douglas Marinho, Eder Valim, Egmar dos Santos, Elton Souza, Everson Oliveira, Fabrício Braga, John Cardinot, Julio Maulaz, Lucas de Oliveira, Luiz Felipe de Andrade, Marcelo Mendes, Marcio Correa, Paulo Henrique Lourenço, Royser Abreu, Sebastião da Silva, Thiago Galhardo, Ubiratan Albertini, Wagner Raymundo, Waldirlei Junior, Wellington Cruz e Vogran Viana

Técnico: Julio César de Figueiredo

- O Vargem Alta conta com a experiência de Adriano, ex-goleiro de Flamengo e Friburguense

- A equipe da zona rural foi a que menos perdeu — apenas uma vez em toda a competição

- O ataque marcou tantos gols quanto o Corujão (15)

- No último jogo, o time alvinegro mostrou que o banco de reservas é forte e pode fazer a diferença na decisão

- Nas semifinais o Vargem Alta também não tinha a vantagem do empate e conseguiu vencer o Saudade

Elenco: Wilian Moraes, Diogo Pinheiro, Gabriel Santarém, Heitor Santarém, Valdemir Ferreira, Fernando Tarde, Edimar Freiman, João Antonio Campos, Jorge Heleno, Acácio Rosa, Antonio Carlos Barros, Roosevelt Bernardo, Thiago de Lima, Marcelo Silva, Kleber Juvenato, Guilherme Campos, Paulo Roberto Silveira, Gutierez Heringer, Anderson Alves, Adriano Francisco, Wesley Wenderroschi, Lenilson Junior, Murilo Pinheiro, Julio César Lopes e Wesley Badini.

Técnico: Ivo França Junior

 

Na noite deste sábado, Anderson Silva enfrentará o americano Chris Weidman e tentará defender pela 11ª vez o cinturão do UFC, em Las Vegas. O brasileiro está invicto há 16 lutas, assim como o americano, que jamais foi derrotado nos nove combates anteriores.

Entretanto, as atenções do torcedor friburguense estarão voltadas para a luta de Edson Barboza, no Card Preliminar. O lutador de Nova Friburgo enfrenta o compatriota Rafaello Oliveira "Trator” em busca do título dos pesos-leves. Edson vem de vitória sobre Lucas Mineiro, no UFC São Paulo, e garante ter feito a melhor preparação da carreira antes de subir ao octógono. Em entrevista para A VOZ DA SERRA, Barboza fala sobre a preparação e elogia o adversário: "Tenho que estar ligado o tempo todo.”

A VOZ DA SERRA: Recentemente você optou pela mudança de cidade nos EUA. Como isso ajudou na sua preparação?

EDSON BARBOZA: Eu mudei de cidade e fui para a Flórida, estou treinando na Valor Martial Arts. Mas todos os meus "camp” de treinamentos eu faço em New Jersey, com a equipe do Frankie Edgar. Graças a Deus correu tudo bem, o camp foi muito intenso. Meu mestre Anderson França ficou comigo nesses dois últimos meses, e no final da preparação o Marlon Moraes, também de Nova Friburgo, veio ser o meu parceiro de treino na Flórida. Eu trabalhei com ótimos treinadores, como o Mark Henry, Ricardo Almeida, Renzo Gracie e o próprio Frankie, que também estava treinando para a luta dele. Graças a Deus eu faço parte de uma ótima equipe, com ótimos treinadores e companheiros.

AVS: Como foi a rotina de treinamentos para essa próxima luta? Houve algum reforço em determinada modalidade?

EDSON: A rotina foi bem intensa e desgastante, eu treinei de tudo e muito. Não dei ênfase em uma parte determinada. Eu treinei todas as modalidades.

AVS: O que esperar deste confronto com o Rafaello Oliveira? Algum cuidado especial?

EDSON: É um cara faixa preta de jiu-jítsu, muito duro, como todos os lutadores do UFC. Tenho que estar sempre ligado.

AVS: A princípio você não enfrentaria o Rafaello. Até que ponto essa troca de adversário influenciou na sua preparação? Houve mudança de estratégia?

EDSON: O treinamento continuou o mesmo, de forma bastante intensa. O foco não mudou, apenas a estratégia, uma vez que eu iria enfrentar um cara striker, que gosta de lutar em pé, e agora vou encarar um cara especialista no chão.

AVS: Nos dias que antecedem a luta, como nesta última semana, a rotina de treinos muda? Fica mais ou menos intensa?

EDSON: A rotina de treino na semana da luta é mais leve e voltada para o lado técnico, até porque, nos sacrificamos bastante para perder peso.

AVS: Pretende ouvir alguma música especial ao subir para o octógono?

EDSON: Vou ouvir a mesma música da última luta, que me inspira muito, chamada "Pelos meus próprios meios”, do Oficina G3.

AVS: Você sempre faz questão de dizer que é de Nova Friburgo, evidenciando o amor que tem pela cidade. O que gostaria de dizer para os friburguenses que torcerão por sua vitória?

EDSON: Eu quero dizer a toda a população de Nova Friburgo que eu amo todos vocês. Eu amo demais a minha cidade e tenho muita saudade da minha família e dos meus amigos. Continuem na corrente positiva, com as orações, muita torcida e energia positiva. Tudo isso me fortalece, eu posso sentir daqui. Muito obrigado a todos. E vamos para a guerra!

Anderson Silva x Chris Weidman

Frankie Edgar x Charles Do Bronx

Tim Keneddy x Roger Gracie

Mark Muñoz x Tim Boetsch

Cub Swanson x Dennis Siver

Chris Leben x Andrew Craig

Norman Parke x Kazuki Tokudome

Edson Barboza x Rafaello Trator

Gabriel Napão x Dave Herman

Seth Baczynski x Brian Melancon

Mike Pearce x David Mitchel