Um grupo de associados do Friburguense e Nova Friburgo sonha há algum tempo com a fusão entre Friburguense e Nova Friburgo. Se ela realmente acontecer, vamos acompanhar o nascimento de um grande clube, tanto no âmbito futebolístico, como esportivo e social. A ideia, se concretizada, despertará a inveja de outras cidades do interior do estado, além de, certamente projetar a cidade no cenário nacional. Não se falou ainda no nome do novo clube, cores, bandeira, hino etc, até porque, para que o projeto saia do papel, é preciso antes de tudo realizar assembleia geral dos dois clubes atuais, para avaliar o pensamento geral.
Quanto a patrimônio, o novo clube já nascerá rico, trazendo consigo todo o complexo esportivo de Conselheiro Paulino, os imóveis do centro da cidade, o complexo esportivo do Estádio Eduardo Guinle, as lojas sob as arquibancadas e o Estádio Olávio Fonseca Coelho (campo do Serrano) em Olaria.
Será um patrimônio fantástico, hipervalorizado e, consequentemente, uma das maiores estruturas do futebol carioca.
Está claro para os mentores da ideia que ainda existem muitos impedimentos para a realização deste sonho, já que a questão divide os associados. Mas, se há alguns anos a maioria era contra a fusão, hoje, 50% é favorável e os outros 50%, contra. Há inúmeros interesses em jogo. A composição da diretoria será outro fator complicado, sobretudo porque vaidades terão que ser administradas. O presidente que for eleito deverá ter jogo de cintura para lidar com o fator psicológico dos envolvidos no processo.
Caso a fusão ocorra, a cidade ganhará não só em patrimônio, mas em possibilidades de projeção. Por quê? Porque o time que está disputando a primeira divisão estadual e a série D do campeonato brasileiro poderá ser reforçado com nomes de peso. Poderá ainda atrair mais investimentos financeiros e o interesse do empresariado local em participar do projeto.
As categorias de base terão um local mais amplo para treinar e realizar seus torneios e campeonatos. Há quem considere transformar o campo do Serrano em um grande shopping para beneficiar o bairro de Olaria. E então, quem sabe, a decantada ampliação do Estádio Eduardo Guinle poderá se tornar realidade.
A possibilidade da formação de um grande time, não só para participar dos campeonatos mas para disputar títulos, fica mais objetiva à medida que este projeto consiga a adesão da cidade.
Há ainda o desejo do fortalecimento das categorias de base, para que os atletas revelados no clube possam, no futuro, gerar renda. E também impulsionar o departamento social com várias ideias.
A questão de fusões desperta interesse à medida que o futebol das cidades do interior passa a ser deficitário. O exemplo mais recente pode ser acompanhado em Campos, onde há uma intensa movimentação para a fusão de Goytacaz, Rio Branco, Averj e Saldanha da Gama, gerando assim um grande clube que será adversário do Americano. No caso de Campos, permanecerá o nome Goytacaz que já tem tradição e é conhecido no cenário estadual.
Por tudo isso é que a fusão Fribuguense-Nova Friburgo talvez, agora, saia do papel e do setor de especulações e comece a ganhar tons de realidade.
Dois times dividem a liderança do Campeonato Amador de Olaria
Os times do Amigos e Arsenal são os líderes, até o momento, do Campeonato Amador de Olaria. Os dois times têm juntos, 7 pontos, seguidos de: Azulão, Corujão e Juventude, 4; Unidos de Olaria, Alto de Olaria, 1 ponto cada, e Azurra, sem pontuação.
Os artilheiros do torneio são:
05 gols: Arsenal (Fernando Féu)
03 gols: Taruan (Santos); Guilherme (Azulão)
02 gols: João Folly (Amigos); Egmar (Corujão); Alessandro (Unidos de Olaria); Enio (Alto de Olaria)
Os resultados da rodada de domingo passado foram: Arsenal 1 x 0 Juventude; Corujão 0 x 2 Amigos; Santos 2 x 0 Azurra. A tabela da 5° rodada é:
27/05 – Domingo
09h: Unidos do Alto x Amigos
11h: Unidos de Olaria x Corujão
13h: Azulão x Santos
Resgatando o passado
A partir desta quinta-feira, 24, semanalmente, vamos abordar os craques do futebol de Nova Friburgo que fizeram história em várias décadas. A seção Resgatando o Passado vai mostrar a trajetória daqueles craques de ontem, ídolos de hoje. Para abrir a seção de hoje, vamos contar a história de Carlos Arnaldo Bravo Berbert (Juca).
Natural de Nova Friburgo, Juca embalou seus primeiros passos no futebol em 1950, no Friburgo Futebol Clube, onde atuou em todas as categorias promovidas pela Liga Friburguense de Desportos. Sagrou-se campeão infantil, juvenil, segundo quadro, primeiro quadro em várias oportunidades, pois o clube era colecionador de títulos.
Juca foi campeão pela seleção friburguense em 1960 e 1961, oportunidade em que atuou com craques como Miguel, Portela, Leone, Paulo Banana, Rapizo, Tilú, Natal, Jaburu, Gabriel, Maduro, Pardal, Catita, Orlando Regazzi, Chiminga e tantos outros que defenderam a equipe rubra e seleção.
O atleta foi um jogador de toques sutis e inteligentes, atuando no meio-campo e na grande área, com maestria. Não gostava de dividir jogadas (só ia na boa), era bom finalizador, jogava um futebol prático e eficiente. Sua técnica superava a força física imposta por alguns adversários.
Em 1965 encerrou a carreira de jogador de futebol, de um único clube, o Friburgo Futebol Clube. Tal fato ele ostenta com orgulho, reiterando que o clube foi sua grande paixão. Mesmo quando atuava como jogador já era dirigente: com 18 anos Juca participou da diretoria do Friburgo.
Sua paixão pelo esporte o levou a ocupar cargos importantes no clube, que após a fusão com o Esperança passou a ser Nova Friburgo Futebol Clube. Lá, ele foi presidente, secretário, entre outros cargos. Hoje é presidente do Conselho Deliberativo.
Na cidade ocupou também cargos de relevância como secretário municipal de Esportes, diretor de Esportes da Universidade Candido Mendes–Nova Friburgo. Seu jeito alegre, atencioso e carismático, aliado ao fato de ser um profundo conhecedor do esporte da cidade, inspirou os amigos a considerá-lo a enciclopédia do futebol de Nova Friburgo.
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