Novo treinador do Fri fala de seus planos e garante que não mexerá no time tricolor
Anderson Alves da Silva, nascido em 22 de outubro de 1972, tem 38 anos, é carioca de nascimento, e começou a jogar futebol ainda pequeno. A paixão pelo principal esporte da nação brasileira nasceu do desejo de ser um atleta profissional. E foi assim que ele, vencendo todas as barreiras, iniciou sua carreira em 1992, no União Cruzeirense, na segunda divisão de São Paulo, e, no ano seguinte, no Vila Nova de Gerais. Em 1994 aconteceu seu melhor momento, quando foi campeão da segunda divisão no Friburguense, em seguida Anápolis (GO); em 1995 retornou ao Friburguense, disputou o carioca e foi para o Estrela (ES). Do Estrela foi para Cingapura, ficou dois anos, voltou para o Friburguense e foi campeão do Módulo Extra, ascendendo à primeira divisão novamente. Em seguida foi para o Kwait, permanecendo lá por quatro temporadas. Entre idas e vindas, sempre voltou ao Friburguense para jogar o Campeonato Brasileiro.
Esta é, na verdade, a carreira de Anderson como jogador de futebol, encerrada há dois anos, quando decidiu se dedicar exclusivamente a cargos mais importantes da modalidade. Ano passado ele chegou ao tricolor e foi treinador do time juvenil. Com a saída de Cleimar Rocha, assumiu como auxiliar técnico de Mimi na Copa Rio. Sua estreia aconteceu na última quarta-feira, 6, na partida contra o Goytacaz, em Campos, quando o Frizão perdeu por 1 a 0.
Nesta entrevista exclusiva concedida para A VOZ DA SERRA, ele fala de seus planos à frente do tricolor da serra.
A VOZ DA SERRA: Que títulos você conquistou como jogador?
ANDERSON SILVA: Não tive o prazer de conquistar muitos títulos como jogador, a não ser aqui no Friburguense, onde conseguimos a segunda divisão e o Módulo Extra e, para mim, foi muito importante, porque através dele o clube conseguiu se manter na primeira divisão durante 12 anos.
AVS: Qual o seu projeto para a Copa Rio?
ANDERSON: Nosso projeto é conseguir as duas vagas que estão pendentes, respectivamente para a Copa do Brasil e série D de 2011. Nossa meta é ficar entre o primeiro e o segundo, brigando para a Copa do Brasil.
AVS: Qual análise você faz do atual grupo de jogadores?
ANDERSON: Acredito que o grupo não sentiu muito, porque tenho vários amigos no elenco profissional, há jogadores que já jogaram junto comigo, outros jogadores que passaram pelos juniores também, e tenho um bom relacionamento, graças a Deus, com todos eles.
AVS: Se você for bem na Copa Rio, pretende continuar como técnico na segundona do ano que vem?
ANDERSON: A minha meta é sempre estar trabalhando com um elenco profissional, por isso espero fazer uma boa campanha para, quem sabe, receber o convite para continuar. Mas se também não vier, continuarei trabalhando normalmente, porque o importante é estar junto.
AVS: O que você espera do elenco atual nesta Copa Rio?
ANDERSON: É o mesmo elenco que já vinha atuando nas primeiras partidas, não mudamos nada. O grupo está focado no título da Copa Rio, em busca de um ideal, que é a vaga para a Copa do Brasil.
AVS: Você vai alterar o método de trabalho ou manter o que já vinha sendo realizado?
ANDERSON: O que vinha dando certo temos que manter, em time que está ganhando não se mexe, não vamos mudar nada.
AVS: Quem você destaca no atual elenco?
ANDERSON: Todo o grupo é muito bom, mas tenho admiração muito grande pelo Rômulo Cabral. É um garoto excelente, uma promessa do clube, tem atuado no profissional e surpreendido.
AVS: O que significou para você receber o convite?
ANDERSON: Um dia a oportunidade surge, sabia que ela chegaria e me sinto preparado para este momento. É verdade que fui pego de surpresa, mas é um desafio que vou encarar com muita tranquilidade e garra.
AVS: E a invencibilidade do time nesta Copa Rio, como é isso na sua cabeça?
ANDERSON: Evidente que temos responsabilidade com a vitória, porque no Brasil treinador tem que apresentar resultados, e positivos, mas não vejo diferença nisso não, são etapas que tenho que cumprir e vou persegui-las.
Frizão estreia com derrota na terceira fase da Copa Rio
O Friburguense estreou com derrota na quarta-feira, 6, na terceira fase da Copa Rio. O time tricolor perdeu por 1 a 0 para o Goytacaz, no Estádio Ary de Oliveira e Souza, gol de Rondineli aos 19 minutos do segundo tempo. O time sentiu a ausência dos quatro desfalques contundidos – Cadão, Ricardinho, Marcelo e Gleison – e não jogou bem, apresentou futebol limitado, não produziu efetivamente os gols que o levariam a pelo menos ao empate e, no segundo tempo, foi abafado pelo Goytacaz, que também não tem bom futebol. Outro fator que prejudicou o futebol tricolor foi o estado do gramado do Estádio Aryzão, em Campos, muito ruim, com muitos buracos, impedindo a habilidade dos jogadores do Fri.
Neste sábado, 9, o Frizão joga com o América, no Estádio Eduardo Guinle, às 15h, e os quatro desfalques já devem retornar. A derrota evidentemente não foi um bom resultado, mas o Fri ainda pode se recuperar, porque tem elenco de qualidade e a individualidade dos homens de meio campo e ataque faz a diferença, principalmente jogando diante de sua torcida.
Nova Friburgo exporta mais um
talento para o futebol europeu
Na história do futebol, o Brasil sempre foi o principal celeiro de revelações e craques da modalidade e a maior vitrine para os clubes europeus que, com maior estrutura, oferecem vantagens e contratos vantajosos. Agora eles estão vindo ao Brasil buscar revelações das categorias de base, notadamente porque as escolinhas brasileiras têm verdadeiros craques.
Nesta semana Nova Friburgo foi presenteada com mais uma boa notícia neste sentido. O jovem Bruno Sinder, 12 anos, que se destacou na escolinha do Nova Friburgo Country Clube, atualmente no Vasco da Gama, foi observado por um agente da Fifa do Milan (Itália) e já procurou a família de Bruno para levá-lo para a Itália.
Acompanhado de sua mãe, Daniele, o atacante viaja na próxima quarta-feira, 13, ficando hospedado nas acomodações do clube, para um período de testes de dois meses no clube italiano, onde terá oportunidade de mostrar sua habilidade e entrar na lista para um contrato futuro.
A coordenação de futebol do Vasco da Gama não queria liberá-lo, mas, por outro lado, será a oportunidade de, no futuro, Bruno Sinder vir a ser mais um jogador brasileiro a se destacar no futebol europeu.
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