Esporte - 8 de abril

quarta-feira, 08 de abril de 2009
por Jornal A Voz da Serra

Frizão termina o estadual entre os sete melhores do Estado do Rio

O balanço do Friburguense neste final de Campeonato Estadual é positivo. Apesar de não conseguir seu objetivo que era a classificação para série D e Copa do Brasil, o tricolor terminou a Taça Rio na terceira colocação da chave B e por pouco não seria o segundo e estaria na semifinal junto com o Flamengo. A derrota para o Americano em Campos atrapalhou os planos do tricolor, que cresceu dentro da competição depois de péssima campanha na Taça Guanabara, quando terminou em último lugar na sua chave.

No cômputo geral o Fri ficou com 20 pontos na sétima colocação e mais uma vez se manteve na primeira divisão pelo 11° ano consecutivo. Se o futebol carioca fosse sério, o Frizão estaria nas competições nacionais, já que somando os dois turnos o nosso time está capacitado, mas como há sempre as segundas intenções, inventaram este ano, a Taça João Ellis Filho, um caça níqueis para enriquecer ainda mais a conta bancária de alguns dirigentes, e o Fri ainda tem que disputar o terceiro lugar, que ganhou no campo, com Madureira, Tigres e Boavista.

O pior é que os clubes não perceberam que isso seria uma fórmula de tentar tirar dos clubes do interior, as posições que foram adquiridas jogando bola. Um desprestígio para João Ellis que foi um grande dirigente do futebol carioca, de caráter ilibado e que se vivo fosse, não permitiria que seu nome fosse colocado em competições esdrúxulas como essa taça horrorosa.

Interessante seria somar também os pontos dessa malfadada semifinal entre os pequenos. Pior ainda os jogos serão na preliminar dos clássicos no Maracanã, em horário de sol quente, colocando em risco a vida dos jogadores que fazem o espetáculo. O Tigres joga com o Boavista às15h30 no sábado na preliminar de Vasco e Botafogo. Já Friburguense e Madureira jogam domingo, às13h30 na preliminar de Flamengo e Fluminense.

É bem verdade que a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) jamais vai permitir que um time pequeno seja campeão, eles podem até chegar à final, mas não conseguirão o título, os casos mais recentes são: Volta Redonda (2006), Taça Rio, América (2007) Taça Guanabara, Madureira (2008) Taça Rio e Resende (2009) Taça Guanabara, mas não dá mais para entrar somente para disputar.

Outro absurdo é o rebaixamento. O Mesquita já está na segunda divisão e a outra vaga será decidida entre Volta Redonda e Cabofriense em mais uma aberração do regulamento carioca. Para o Mesquita é um exemplo de como se provar do próprio veneno. Ano passado quando foi um dos responsáveis pelo rebaixamento do América seu presidente disse, “derrubamos essa bando de peças de museu que se esqueceu de deitar e continuam atrapalhando o futebol carioca, o futebol precisa de renovação e não de um América falido, ultrapassado e vivendo de tradição de quatro décadas”.

Voltando ao nosso time, somos já há alguns anos a voz que clama no deserto, porque ninguém ouve. Há exatos cinco anos estamos falando que é preciso um esforço conjunto do clube, dirigentes, torcedores e empresariado local, para apoiar o time que representa não só a cidade mas toda a região serrana, e nada acontece.

Este ano a prefeitura colaborou com uma verba de R$ 50 mil, mas ainda é pouco. Nova Friburgo tem que seguir exemplos de cidades como: Ribeirão Preto, Campos, Resende, Itu, entre outras e vestir a camisa vermelha, azul e branco, antes, durante e depois do campeonato, para que o clube possa não parar suas atividades no final do estadual.

É preciso seguir a ideia do prefeito Heródoto Bento de Mello e vender a imagem do clube para todo Brasil. Mas o clube também precisa vender camisas, shorts, chaveiro, caneta, calendário e outros tipos de souvenirs para fixar na cabeça dos friburguenses que o Frizão é um patrimônio que precisa ser explorado financeiramente. O clube também precisa mudar a mentalidade de alguns sócios que acham que a imprensa é lixo e valorizar os profissionais da terra que acompanham o clube dia a dia, 24h, o ano inteiro. A imprensa carioca é importante, mas os jornalistas friburguenses é que vendem a imagem do time e da comissão técnica.

O Friburguense também precisa se esforçar mais para ter um departamento de marketing mais eficaz, que projete os jogadores, que faça o elo de ligação entre clube, imprensa e torcida, escolher melhor o elenco, já que algumas peças precisam ser repostas pois já não aguentam mais os 90 minutos.

A safra individual do nosso tricolor é boa e nomes como: Marcos, Crispin, Wallace, Cassiano, Élan, Victor Hugo, Alex, precisam ser bem trabalhados para o futuro, principalmente porque o time precisa de renovação. O resultado final da Taça Rio já com os pontos do cômputo geral foi:

CLASSIFICAÇÃO GRUPO A

TIMES J PG V E D GP GC S TP

Vasco 08 24 08 00 00 22 05 17 32

Fluminense 08 20 06 02 00 17 08 09 31

Tigres 08 11 08 03 03 17 13 04 16

Madureira 08 09 03 00 05 11 16 -05 16

Americano 08 08 02 02 04 11 15 -04 17

D. Caxias 08 07 02 01 05 11 19 -08 16

Resende 08 07 02 01 05 05 16 -11 17

Cabofriense 08 06 02 00 06 07 17 -10 15

CLASSIFICAÇÃO GRUPO B

TIMES J PG V E D GP GC S TP

Flamengo 08 17 05 02 01 18 09 09 34

Botafogo 08 16 05 01 02 22 12 10 32

Friburguense 08 15 05 00 03 09 09 00 20

Boavista 08 13 04 01 03 15 13 02 20

Bangu 08 13 04 01 03 11 14 -03 20

Macaé 08 10 03 01 04 13 12 01 20

V. Redonda 08 08 02 02 04 14 13 01 15

Mesquita 08 00 00 00 08 07 19 -12 08

ARTILHARIA GERAL

11 – Bruno Meneguel (Res), Josiel (Fla), Victor Simões (Bota)

10 – Maicosuel (Bota)

08 – Bruno Luiz (Bangu), Walacer (Macaé)

ARTILHARIA DO FRI

05 – Hércules

04 –Victor Hugo

02 - Thiago Santos e Cadão

01 – Thiago, Alex, Gilson, Ziquinha,

17 – TOTAL

Campeonato Estadual de Vôo Livre pode ter etapa em Nova Friburgo

Prefeitura vai melhorar rampa do

Caledônia para atrair pilotos da região

(SECOM) Os parapentistas de Nova Friburgo, que colorem o céu friburguense em voos eletrizantes, ganharão um empurrãozinho do poder público municipal. O vento leste, que eleva os parapentes às alturas, vai soprar mais adequadamente com o apoio da Prefeitura, através da Secretaria de Esportes. A desobstrução da área de decolagem com a retirada de um poste e cabos de eletricidade - na área próxima do acesso ao pico do Caledônia. Além de providências para atender a essa antiga reivindicação dos voadores, a Secretaria também está cuidando de formas para patrocinar o esporte aéreo.

Está nos planos do secretário Frank James Fernandes trazer para a cidade uma etapa do Campeonato Estadual de Vôo Livre, que reúne os melhores pilotos do país. Entre os parapentistas de destaque no município, figura o policial militar do Batalhão Florestal de Nova Friburgo, Robson Roberto, que voa há 14 anos e foi o responsável por implantar o esporte na cidade serrana.

Fundador do Clube Caledônia de Vôo Livre, que já conta com 113 associados, Robson já formou, em sua escola de parapentistas, cerca de 100 novos pilotos de toda região centro-norte fluminense. Habilitado pela Associação Brasileira de Vôo Livre (ABVL), o policial do batalhão florestal, que nas horas vagas sobrevoa seu local de trabalho, é instrutor desde 1998 e se orgulha de fazer parte da história do parapente em Nova Friburgo.

“Temos uma das maiores rampas naturais do país, em termos de altitude, chegando a 1.800 metros acima do nível do mar, no pico do Caledônia. A natureza vista do alto é fantástica. Nova Friburgo fica ainda mais bela lá de cima”, elogiou Robson.

VOo vai unir serra e mar

Robson Roberto quer realizar um voo inédito no país. O piloto vai decolar de Nova Friburgo, em um paramotor (parapente motorizado), sobrevoando a estrada Lumiar-Casimiro, trecho que integra o circuito Serramar, até pousar na praia Costa Azul, em Rio das Ostras. A travessia requer planejamento e ousadia e Robson quer entrar para a história do município e ver do alto o caminho que o prefeito Heródoto Bento de Mello desbravou a partir da década de 1960, quando projetou a rodovia que interligou vários municípios fluminenses, proporcionando um circuito integrando as mais belas localidades fluminenses de praias e montanhas.

“Este plano faz parte da minha vida há muito tempo. Estou confiante de que, ainda este ano, vou poder realizar meu grande sonho”, torce Robson Roberto, que já treina para realizar a façanha com a qual promete fazer história em Nova Friburgo.

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