Jogador friburguense conquista o título mundial sub20
A seleção brasileira sub20, conquistou no último sábado o pentacampeonato mundial da categoria. Até aí, não é novidade para ninguém. Novidade é a presença do jogador Rafael Galhardo, hoje no Flamengo, que após a conquista mostrou a camisa com os dizeres “100% Nova Friburgo” — que a grande imprensa ignorou — mostrando o orgulho de ser nascido em nossa cidade.
Galhardo começou a se destacar no Flamengo ainda na categoria sub17 (juvenil) e, logo em seu primeiro ano de juniores (2009), foi um dos principais nomes do time que jogou a Copa São Paulo e o Campeonato Carioca. Com isso, foi rapidamente promovido à equipe profissional do rubro-negro.
Integrou o elenco campeão brasileiro naquele ano e permaneceu como opção nos profissionais desde então. Em 2011, sagrou-se campeão sul-americano com a seleção brasileira e teve seu vínculo renovado com o Flamengo até 2016.
Presidente da Federação Internacional de Basquete fala para A Voz da Serra
O basquete brasileiro vem passando por transformações profundas em toda sua estrutura. Desde as categorias de base até o principal, a modalidade evoluiu bastante. Esta transformação começou com a posse do presidente Gerazime Nicolas Bozikis (Grego), que, oriundo do basquete em Nova Friburgo, desempenhou excelente trabalho à frente da Confederação Brasileira de Basquete. Homem de personalidade forte, Grego, durante o tempo em que esteve na CBB, ajudou sobremaneira o basquete friburguense, inclusive promovendo ações que levaram a modalidade a ser reconhecida a nível estadual, quando Nova Friburgo chegou a ser polo principal da Região Serrana. Com exclusividade, o jornal A VOZ DA SERRA entrevistou Grego, que abordou vários assuntos importantes para a modalidade a nível internacional, inclusive sua presença na entidade sul-americana.
AVS: Qual a origem do presidente? Onde nasceu? Por que Nova Friburgo?
Grego: Nasci em Atenas (Grécia) em 1943 e viemos para o Brasil em 1955. Vivemos dois anos em São Paulo e mudamos para Nova Friburgo em virtude do clima e da hospitalidade dos friburguenses. Estudei no Colégio Estadual Rui Barbosa, no Colégio Nova Friburgo da Fundação Getulio Vargas e me formei em Administração de Empresas na UEG (atual Uerj) no Rio de Janeiro. Comerciante, trabalhei no ramo de ar-condicionado há mais de 30 anos.
AVS: Como foi a vida do senhor como jogador de basquete? Onde começou? Por que escolheu o basquete?
Grego: Iniciei no basquete numa escola pública em Atenas, aos nove anos de idade. No Brasil reiniciei em Nova Friburgo, na Sociedade Esportiva Friburguense (SEF), Clube de Xadrez e Fábrica Ypu, onde fui campeão. No Rio, joguei no Clube Sírio-Libanês, América, Tijuca e Botafogo (meu clube de coração). Desde menino admirava o esporte da cesta, o mais completo para o desenvolvimento físico e mental. Quando parei de jogar, fui diretor de basquete e vice-presidente do Botafogo, depois presidi a Federação de Basquete do Estado do Rio de Janeiro (FBERJ) durante 10 anos e, em seguida, presidente da Confederação Brasileira de Basquete (CBB) durante 12 anos. Atualmente sou presidente da Abasu (Confederação Sul-Americana) e vice-presidente da Federação Internacional de Basquete das Américas (Fiba).
AVS: Qual a diferença do basquete atual para a época em que o senhor jogava?
Grego: Nos últimos 25 anos o basquete evoluiu muito técnica e fisicamente. Hoje se joga com mais velocidade e físico. Na minha época era mais clássico e praticamente amador. Atualmente ser atleta de basquetebol é uma belíssima profissão.
AVS: Como analisa a seleção brasileira?
Grego: A seleção masculina sem os NBA perde muito em qualidade e força, mas temos atletas ótimos sub17 e sub19 para o futuro. A seleção feminina interrompeu a renovação e isto é imperdoável.
AVS: O senhor mudaria alguma coisa?
Grego: Devemos fazer muitas mudanças nas categorias de base e na formação.
AVS: O senhor acredita no basquete brasileiro nas olimpíadas de 2012 em Londres?
Grego: Teremos muitas dificuldades nos pré-olímpicos, mas acredito em nossa presença em Londres.
AVS? Que perspectivas temos para 2016 no Brasil?
Grego: Nas olimpíadas do Rio teremos que estar fortes no feminino e masculino. O peso da responsabilidade aumenta porque estaremos jogando em casa e temos que buscar de todas as formas o pódio.
AVS: O que não foi perguntado e que o senhor gostaria de citar?
Grego: A cidade de Nova Friburgo não pode ficar sem basquetebol de alto nível. Uma cidade que revelou ótimos jogadores para equipes do Rio de Janeiro, além das categorias de base, tem que buscar parcerias para formar uma equipe adulta e dar seguimento ao trabalho de base. O Nova Friburgo Country Clube já participou de campeonatos estaduais e do Campeonato Nacional. Sei que não é fácil mas devemos continuar buscando os objetivos. Nova Friburgo, com seu comércio, serviços e indústrias aliados ao apoio da Prefeitura, pode tornar-se uma potência esportiva.
Friburguense empata em amistoso com Olaria e joga nesta quarta-feira contra Serra Macaense
No primeiro teste depois do acesso à primeira divisão do Campeonato Estadual, o Friburguense empatou em 1 x 1 com o Olaria, em partida realizada sábado passado na Rua Bariri, Rio de Janeiro. O gol do tricolor foi marcado por Jorge Luiz. O próximo desafio do Fri será nesta quarta-feira, contra o Serra Macaense no Estádio Eduardo Guinle. A estreia na Copa Rio acontece no dia 3 de setembro contra o Cabofriense, no Estádio Alair Correa.
COPA OPG - Apesar da boa atuação, o time de juniores do Friburguense não resistiu ao Vasco da Gama em sua estreia no Torneio Otavio Pinto Guimarães. Em Itaguaí, a equipe carioca venceu por 2 x 1 e o gol tricolor foi marcado por Felipe.
O técnico Eduardo escalou o Friburguense com Luiz Felipe, Pedro, Bruno, Clayton e Davi; Zé Victor, Rômulo, Paulo Henrique e Renan; Rodolfo e Paulo Roberto. Jogaram ainda: Felipe e Rodrigo. O Frizão volta a jogar pela taça Octávio Pinto Guimarães no próximo sábado, quando recebe o Nova Iguaçu, às 15h no Estádio Eduardo Guinle.
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