Esporte - 1º de dezembro 2011

quinta-feira, 01 de dezembro de 2011
por Jornal A Voz da Serra

Aposentado leiloa camisa autografada por Pelé para realizar sonho de conhecer a terra de seus familiares

Leonardo Lima

A paixão do aposentado Nilton da Costa Freitas Mutti pelo futebol vem de décadas. Ele garante, por exemplo, que estava no Maracanã na estreia de Pelé pela Seleção Brasileira, em 1957, contra a Argentina. “Eu estava lá na geral. Perdemos por 2 a 1, mas o Rei fez o gol dele”, recorda. A partir desse dia, a admiração de Nilton pelo então jovem de 17 anos, que seria campeão mundial no ano seguinte, se tornou cada dia maior. “Sempre acompanhei a carreira do Pelé. Ele foi, sem a menor sombra de dúvidas, o maior jogador de todos os tempos. Jogador que nem ele nunca mais vai existir”, afirma, em tom saudosista, o baiano radicado em Santa Maria Madalena.

Mais tarde, quando trabalhava no escritório do Flamengo, na Gávea, fez contato com alguns jogadores e jornalistas. O sonho de conhecer o rei do futebol, entretanto, nunca foi realizado. Porém, ao ver o fanatismo de Nilton, o repórter Ely Coimbra, repórter da TV Record, se propôs a ajudá-lo de alguma forma. “Mantinha contato com o Ely por cartas e sempre nos falamos muito. Ele sabia do meu carinho pelo Pelé e falou que ia me dar uma camisa autografada do Santos”, relembra. Dito e feito. Em 1997, ele recebeu uma camisa branca do clube paulista, devidamente autografada, com os seguintes dizeres: “Aos amigos de Cordeiro [cidade onde Nilton morava na época] um abraço. Pelé”.

E ressalta: “Curiosamente essa camisa tem o número 9 nas costas e não o 10 que o Pelé sempre usou ao longo da sua carreira. Até nisso essa camisa é especial. Quantas camisas sem o número 10 ele autografou? Tenho certeza de que muito poucas”.

O presente se tornou uma relíquia para Nilton. Porém, um sonho não realizado faz com que ele abra mão da camisa se for necessário. “Quero conhecer a cidade de Parma, na Itália. Minha família (Mutti) é de lá. Não tenho condições financeiras de pagar essa viagem. Gosto muito dessa camisa, mas minha única saída é leiloá-la”, acredita. Cego da visão esquerda desde os 16 anos, quando foi atingido por uma pedra, ele teme perder totalmente a visão e não conhecer a terra de seus familiares. “Uso uma prótese no lado esquerdo. E na minha vista direita eu tive um descolamento de retina e já operei catarata. A cada dia estou enxergando menos”, revela.

Indagado sobre o valor que quer pela camisa, Nilton revela que deseja apenas receber uma quantia suficiente para que ele vá até a Itália e volte. “Não faço ideia de quanto essa camisa vale. Quero vendê-la por um valor que me permita realizar essa viagem. É o meu sonho. Uma prima minha foi até lá há uns quatro anos, ficou uma semana e gastou R$ 7 mil. Hoje em dia não sei quanto gastaria”, afirma. “Quero chegar até Parma e beijar o chão igual o papa João Paulo II fez quando chegou ao Brasil. Quero ter esse prazer na vida”, revela.

Os interessados em adquirir a camisa autografada por Pelé podem fazer contato com Nilton através dos telefones 9278-0178 e 9861-6364.

5 Toques:

1 – Torcida nota 10: Por muito tempo se comentava pela cidade que a torcida do Friburguense não apoiava o time. As más línguas diziam que o tricolor não podia contar com seus torcedores que se ausentavam quando o clube mais precisava. Pura mentira. O apoio maciço dos adeptos do Tricolor da Serra tanto na Série B quanto na Copa Rio mostra que o Friburguense tem sim, uma torcida. Até mesmo nos jogos fora de casa, os torcedores marcaram presença. Que a média de público cresça ainda mais no Campeonato Carioca de 2012.

2 – Torcida nota 0: É uma pena ver que uma meia dúzia ainda insiste em ir ao estádio apenas para arrumar confusão. Alguns pseudotorcedores em vez de se preocuparem em apoiar o Frizão na final da Copa Rio, preferiram se digladiar com torcedores do Madureira nos arredores do Estádio Eduardo Guinle. “Torcedores” como esses o Friburguense não precisa.

3 – A história de um clube é marcada pela trajetória de seus ídolos. E se tem um jogador que pode ser chamado de ídolo no Friburguense, esse é Ziquinha. Se não é mais titular como há alguns anos, a vontade com que entra em cada partida mexe com o brio dos outros jogadores. Na final da Copa Rio, o time cresceu consideravelmente de produção quando o atacante entrou em campo. Que os gritos da torcida tricolor de “Ziquinha! Ziquinha!” ainda ecoem por um bom tempo pelo Estádio Eduardo Guinle. Ziquinha é ídolo.

4 – O Vasco pode se sagrar campeão brasileiro neste domingo. Se isso acontecer, os vascaínos de Nova Friburgo certamente tomarão as ruas do Centro para comemorar a conquista. Mas fica a dúvida: os torcedores terão um espaço reservado para celebrar o título—caso ele venha mesmo—ou terão que se espremer nas calçadas da Rua Monte Líbano dificultando o trânsito do local? Que a experiência de outras comemorações sirva de exemplo.

5 – As inscrições para a colônia de férias do Nova Friburgo Country Clube seguem abertas e podem ser feitas na secretaria geral do clube. As atividades acontecerão de 5 a 16 deste mês, das 13h às 17h, e serão voltadas para crianças de 3 a 12 anos. Coordenação dos professores Alexandre Fajardo e Daniel Abi-Râmia. Telefone para contato: 2522-9552 (ramal 204 e 214). Valor: R$ 100 para sócios e R$ 130 para não sócios.

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