As dependências do Colégio Anchieta foram palco de um evento especial na noite do último dia 8. Um espetáculo itinerante denominado "Celebração Tupy” marcou o encerramento da oficina artística ministrada pelo diretor português António Terra ao longo da semana passada com integrantes do Taca e do Taquinha, professores, pais e funcionários do tradicional colégio.
A apresentação teve início nas escadarias do colégio, com uma saudação tupi seguida da proclamação do "Manifesto da Alegria”. No pátio interno, uma grande ciranda foi sendo formada por atores e público presente ao som de "Trenzinho do Caipira”, executado ao violino por Isaac Cainã. Destaque também para o momento reflexivo feito no primeiro piso do colégio ao som de "Rosa de Hiroshima”. Formou-se, então, uma grande procissão pelas escadas laterais que conduzem ao segundo andar, onde ocorreram reflexões históricas e políticas, culminando com a execução do Hino Nacional.
A encenação itinerante foi encerrada no pátio externo, com direito a um banquete de frutas tropicais e decoração rústica. "O espetáculo aconteceu de forma brilhante, relembrando a saga dos nossos primeiros habitantes. A equipe de música do Colégio foi largamente elogiada pela magnífica escolha da trilha sonora. A iluminação, como sempre, foi toque de requinte. O final da celebração foi marcado por música e abraços emocionados”, avaliou a coordenadora de artes do colégio, Jane Ayrão.
Breve histórico do Taca
O Teatro Amador do Colégio Anchieta (Taca) foi fundado em 1974, por iniciativa de um grupo de anchietanos capitaneados por Arnaldo Miranda. A iniciativa recebeu apoio do Padre Paiva, da professora Zelma Mussi e de Hamilton Werneck. E de alunos como o atual secretário de Cultura David Massena, o pianista Plínio Alvin Padilha e o ator Jaime Periard, entre muitos outros. O grupo estreou com a peça "Retalhos”, de Arnaldo Miranda, e ao longo dos anos foi se destacando no cenário artístico local. Prova disso é que atualmente conta com cinco grupos de diferentes faixas etárias, abrangendo alunos do Ensino Fundamental ao Médio, além de professores e pais do Colégio Anchieta, totalizando cerca de 230 participantes.
Com a proposta de ampliar o aprofundamento cênico dos atores do grupo, em 2011 foi firmado um projeto de cooperação entre a Companhia de Actores de Lisboa, dirigida por António Terra, e o Taca. A parceria contou com uma série de oficinas e, a partir de 2014, incluiu um intercâmbio entre integrantes do Taca e da Companhia. Ano passado, os atores selecionados foram João Pedro Chicre e João Carmino Mattos, que viajaram a Portugal nas férias de julho para uma vivência criativa na Companhia de Actores. Este ano, será a vez de Karen Erthal e Yasmim Abrahão, duas talentosas e dedicadas atrizes do grupo, participarem do intercâmbio em terras lusitanas.
"Este projeto contribui para criar uma ampla visão da criação artística lusitana e proporciona também uma aproximação artística e técnica entre profissionais e aprendizes das artes cênicas”, observa Jane Ayrão.
Deixe o seu comentário