OS NÚMEROS divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre o total do eleitorado apto a votar nas eleições do dia 2 de outubro mostraram que o Brasil passou dos 146,4 milhões de eleitores. A região Sudeste é a que concentra o maior número deles, com 63,5 milhões, e o Estado do Rio chega à casa dos 12,4 milhões.
O ELEITORADO municipal, como já foi divulgado em A VOZ DA SERRA, se apresenta com baixa escolaridade e aponta um desafio que os candidatos friburguenses aos cargos para o Executivo e o Legislativo municipal se defrontarão. Nova Friburgo, com exatos 151.045 eleitores, ainda possui um expressivo percentual da sua população apta a votar em baixos índices de formação escolar, portanto a educação é um setor que demanda investimentos rápidos.
EMBORA contenha ressalvas que possam modificar um pouco o quadro apresentado, o que se observa é que ainda não há um esforço concentrado para elevar a escolaridade do friburguense, tratando o assunto com prioridade absoluta, posto que o mercado de trabalho não aceita esta impiedosa condição. O primeiro grau completo, apenas, conforme apontado na estatística da justiça eleitoral, não abre as portas do trabalho na sociedade moderna.
O AVANÇO da educação infantil no município é um fato inquestionável que, a manter esta progressão, poderá modificar a situação em um futuro um pouco distante. O maior desafio encontrado é compatibilizar, hoje, o cidadão para a nova realidade que se mostra. Facilidades para o aprendizado existem, são baratas e produzem um efeito extraordinário.
EXEMPLO que não é mais tabu para ninguém é o acesso à rede mundial de computadores, a internet, que permite utilizar a educação à distância através de inúmeros cursos oferecidos. O desafio é o político compreender a extensão dos índices da escolaridade friburguense e buscar ferramentas que modifiquem este quadro. Trata-se de uma tarefa de fôlego, que não se extingue apenas em um mandato.
EM PLENA campanha, os números ainda revelam um perigo que se situa com a manipulação do eleitorado de baixa escolaridade, tratando o mesmo como se fosse massa de manobra e não um conjunto de cidadãos dignos e que merecem respeito. Leva vantagem quem se aperceber disso e procurar novas formas de resolver o problema da escolaridade, e não aguçá-lo ainda mais.
NOS DEBATES eleitorais apresentados a educação foi um ponto bastante ressaltado pelos candidatos. Estes, no afã de conquistar eleitores, prometeram todos os ingredientes que encantam a população, como melhoria salarial dos professores, modernização das salas de aula, horário de ensino integral, alimentação de qualidade. São velhas promessas conhecidas do eleitorado. Será que, desta vez, os vitoriosos cumprirão tais desejos? Vamos esperar.
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