O início de um novo ano desperta uma série de curiosidades acerca do futuro. Todo mundo quer saber o que os oráculos reservam para os próximos meses. Para saciar um pouco desse desejo, a equipe de reportagem de A VOZ DA SERRA consultou duas badaladas especialistas em ciências místicas da cidade. Uma delas participa da primeira edição de 2014 do programa de Ana Maria Braga, que vai ao ar de segunda a sexta, a partir das 8h, pela Rede Globo. Confira o que os oráculos do I Ching e das runas reservam para 2014.
RUNAS
"O ano de 2014 será um ano 7, representado pela runa GEBO. Isso indica que devemos nos preparar para buscar, de fato, estarmos em equilíbrio! Um ano sete sugere boas parcerias, bons negócios e principalmente bons relacionamentos afetivos. Isto quer dizer que o que não tem condições de ficar ‘junto’, provavelmente trará desordem e conflito! No entanto, um ano GEBO tende a concretizar coisas que estavam apenas no papel mas que, com os pés no chão, são possíveis, sem exageros nem delírios.
Como sempre gosto de dizer, a energia de um ano é apenas uma energia... nossa força e foco é que direcionam para as oportunidades que essa ‘energia’ oferece. Como sempre, a escolha é sempre de cada um!
Sendo um ano 7, vamos precisar fazer, mesmo, escolhas e o olhar para dentro pode ajudar muito!
As cores que essa runa sugere são verde e azul! No entanto, o verde e o azul vibram também na intuição e na cura! Aproveitem bem a mudança do ano para que possam estar em equilíbrio com a sua própria natureza!
Muita calma nas escolhas e muita segurança nas decisões tomadas! Ouvir o seu coração é urgente!
Um Feliz e equilibrado 2014 para todos nós!”
Carmen Romanini, especialista em Runas, é uma das convidadas
do programa de Ana Maria Braga desta quarta-feira, 1º de janeiro
I CHING
"O hexagrama principal do I Ching para o ano de 2014 contém dois elementos: água e lago. A água é ilimitada, porém o lago a limita. Quando há água demais no lago, ele transborda e alaga, inunda suas margens. A palavra chinesa para limitação é a mesma que denomina os nós que dividem o talo do bambu. Na vida diária, significa economia, que limita as despesas. Em relação à moral, refere-se aos limites firmes que o homem superior impõe à suas ações ligadas à lealdade e desinteresse.
O oráculo nos diz que toda limitação terá sucesso! Porém, adverte que não se deve impor limitações amargas aos homens. Ele fala da necessidade de viver, economicamente, em épocas normais para estar preparado para períodos de carência. Estão aí incluídas as questões ecológicas — falta de recursos hídricos e energéticos —, consumismo abusivo e excesso de gastos públicos.
O I Ching lembra que as limitações se encontram na natureza ordenadas pelo dia e pela noite e pelas quatro estações. Se seguirmos os ciclos naturais da vida já estaremos nos impondo limites. É assim que devemos traçar limites para as nossas despesas pessoais e para as despesas públicas no ano que começa, preservando dessa forma os nossos bens. O oráculo adverte que há situações que exigem sérias limitações para se chegar a algum resultado.
No entanto, o mestre lembra que há limites para as limitações. Todo exagero leva ao descontrole e à perda do domínio pessoal levando aos extremos opostos: gastar demais, comer demais.
Para que os homens se fortaleçam, os limites devem ser impostos pelo dever e serem aceitos voluntariamente pelos homens. Somos espíritos livres e todo limite precisa ser espontâneo.
No entanto, os governantes, líderes e homens de bem têm que impor restrições a si mesmos, antes de limitar seus subordinados. Além disso, o oráculo lembra que é possível realizar obras, mesmo com recursos modestos. Não se deve usar a justificativa de falta de verbas para a imobilização.
O I Ching também indica para 2014 o hexagrama mutante, que fala de diminuição e lembra que diminuição não é ruim, é simplesmente diminuição. Aumento e diminuição vêm ao seu tempo. O oráculo diz que é necessário o deslocamento de bens da sociedade, sem que se esgotem as fontes de riqueza da nação. Ele adverte, especialmente, para prover as classes menos favorecidas nos momentos de carência.
Para o I Ching, épocas de recursos escassos despertam verdades internas. A simplicidade provê a força necessária para novos empreendimentos. Deve-se recorrer à força interior para suprir a carência externa. Os sentimentos do coração podem se manifestar mesmo em épocas de recursos escassos.
O I Ching fala também da diminuição da ira em detrimento do aumento da tranquilidade interior e que os instintos podem ser controlados pelas restrições circunstanciais, enriquecendo os aspectos superiores da alma.”
Cristina Gurjão é jornalista e especialista em I Ching
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