Ilza, Alcezar, Ana Elianí e Wania. Filhas que se tornaram mães, viram suas meninas crescerem e se casarem. Daqui a pouco será a vez de Bia, Helen, Mariana e Ana Paula. Um ciclo que se repete eternamente.
Certeza de dever cumprido, sim, mas não sem saudades. Todas as quatro — e não só elas, mas todas as mães — acham que os filhos serão eternamente seus bebês (e não deixam de ser), suas crianças, precisando de proteção. Eles crescem, é verdade, mas no fundo elas não entendem isso. Ou entendem, mas não querem acreditar.
O carinho e a atenção materna estão sempre presentes, à disposição dos filhos, mesmo que estes já tenham se tornado pais. Os quartos ficam vazios, mas o coração... Ah, o coração não esvazia nunca, nem de amor, nem de preocupação, nem de saudade.
Ilza, que ouviu a filha Anna Beatriz ser pedida em casamento, ao vivo, num programa de rádio; Alcezar, que preferiu nem ver quando, dois dias depois da cerimônia, Helen passou em casa para pegar — definitivamente — seus pertences; Elianí, que acompanhou os onze anos de namoro e construção de uma nova vida de Mariana; Wania, que nem dormiu direito na semana do casamento de Ana Paula. Quatro histórias diferentes que se encontram no mais sublime sentimento: o amor materno.
Ao contar a história destas quatro mulheres, o Light Especial Casamentos também presta uma homenagem ao Dia das Mães, e a tudo o que elas representam.
Mães de noivas: quatro histórias, um só sentimento
Imagine a cena: a família reunida, conversando, descontraidamente, e, de repente, o volume do rádio aumenta. Sem entender o que está acontecendo, todos se calam e ouvem, surpresos, Hugo, o namorado da filha Anna Beatriz, pedi-la em casamento. “Tomamos um susto enorme, mas logo me recuperei e, entusiasmada, fui cuidar dos preparativos”, conta a esteticista Ilza Maria da Silva Faria. “Contratamos uma equipe maravilhosa para organizar o casamento, mas eu participei de quase tudo, o tempo inteiro.”
Bia, apelido carinhoso da filha de Ilza, casou-se no dia 9 de junho do ano passado, um dia depois do aniversário do pai. “Eu sabia que tudo estava certo, mas não conseguia dormir. Na véspera do casamento pensei que passaria mal. E a Bia, tranquila... Quando ela começou a se arrumar para a cerimônia, vi que começava uma nova etapa para nós duas. Desabei no choro. Por outro lado, a sensação era de dever cumprido. E o Hugo é um maridão. São duas pessoas do bem”, diz, entre conformada e grata, lembrando que tem outros dois filhos. “Ela é a única menina. Ainda fico tentando cuidar deles, mas sei que os filhos têm que viver a vida deles. Tirei a sorte grande ao ter eles três, Deus não poderia me dar coisa melhor do que esses filhos.”
Wania Tiengo de Araújo conta que também foi pega de surpresa quando foi comunicada que a filha, Ana Paula, ia se casar. “Eles estavam namorando há pouco tempo, então foi uma surpresa mesmo. Achei que eles demorariam mais a tomar essa decisão”, diz. “Ela já não morava comigo, tinha ido estudar, ficava a semana toda fora. Então, quando casou, eu já não esperava mais que ela voltasse. É assim mesmo, a gente entende, mas a saudade é grande”, afirma, dizendo que teve problemas para dormir às vésperas do casamento de Ana Paula. “Mãe é isso. A gente sempre fica preocupada. Mas tudo deu certo, foi um casamento lindo, emocionante. O problema é que filho é sempre criança pra gente. O bom é que ganhei outro filho”, diz, referindo-se ao genro.
Alcezar Angelo Correa também passou pela situação de ver a filha ir para longe. Bem longe: Recife. Quando Helen se casou, primeiro foi morar em Rio das Ostras. A casa já pareceu vazia. Agora, então, que ela está vivendo no Nordeste, só mesmo muitos telefonemas e e-mails para diminuir a saudade. “Quando me casei, fiquei morando perto da minha mãe. Mas aí, quando a minha filha foi embora, estranhei muito. Tenho outra filha, a Karoline, mas sempre olho para a cama de Helen, vazia, e me dá uma sensação ruim. Então, procuro falar com ela todos os dias”, revela Alcezar, contando ainda que também ficou muito nervosa nos dias que antecederam o casamento da filha. “Mas o pior foi quando, dois dias depois, a Helen foi pegar as coisas dela. Não fiquei para ver a cena, preferi sair de casa.”
Ana Eleaní Lemgruber Nideck até teve tempo de se acostumar com o casamento da filha Mariana com Luis Guilherme. Eles levaram 11 anos construindo, passo a passo, o caminho até o altar. Estudaram, se formaram. Ele resolveu fazer concurso. Um dia, enfim, o anúncio do casamento. “Acompanhamos tudo, desde o começo. Ele era amigo da minha outra filha, a Fernanda, que mora atualmente em Londres. Ele nem tinha muito contato com a Mariana. Vimos a paixão entre eles, crescendo, a cada dia. Então, tanto a nossa família, quanto a do Luis Guilherme, ficaram muito emocionadas com o casamento. Naquela hora, um filme, com toda a trajetória deles, passou pela minha mente”, diz Eleaní que, como todas as outras mães, ainda vai ao quarto das filhas lembrar dos tempos em que elas eram solteiras.
“Deus me abençoou com duas filhas maravilhosas. Temos obrigação de formá-los, mas não existe uma escola para nos ensinar isso. E temos que nos adequar à personalidade de cada um. Mas estou realizada. Depois que você é mãe, a vida se transforma radicalmente. É uma transformação maravilhosa”, afirma Eleaní.
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