Gosto de sentar para tomar um café e abrir um livro e ler um conto, um poema, uma crônica, ou ainda uma narrativa sobre a memória da cidade.
A cidade de Nova Friburgo oferece bons ambientes apropriados para uma degustação de cafés, chás ou vinhos. Confortantes aconchegos para paradinhas na corrida com os compromissos do dia a dia. Alguns lugares disponibilizam periódicos e até títulos de boa literatura para momentos de sossego e de contato com as obras artísticas e poéticas.
Observo que alguns frequentadores preferem a leitura de jornais, sentados às mesas ou de pé, encostados nos balcões, com algum amigo por perto para trocar comentários sobre as notícias ou crônicas do dia, escritas pelos articulistas de política, cultura ou de eventos sociais.
De quando em quando uma voz alterada, indignada mesmo, com alguma manchete ou notícia desagradável ecoa no ambiente como um trovão, mas nada que incomode minha leitura, com os meus olhos pousados nas palavras grafadas do livro.
É possível celebrar em nossa cidade esses espaços de acolhimento e de sadio convívio, tão necessários a nossa civilidade. Esses empresários merecem nosso reconhecimento por empreenderem recursos e esforços para dotarem os espaços urbanos de equipamentos que ofereçam bons espaços para a saúde da convivência e ambientes de saudável troca de experiências.
No centro da cidade está o maior número desses estabelecimentos. Bom seria se pudéssemos espalhar espaços semelhantes em outros bairros e distritos do município. Gostaríamos de contar com livrarias, cafés e bibliotecas, que promovam o acesso ao livro e à leitura, regados a um bom café, em recantos mais próximos das moradias da população. Bom, assim sonhamos e sonhar ainda é possível.
E claro, não é possível se esquecer de dizer que os empresários empreendedores precisam do apoio e da valorização por parte de nós, frequentadores e degustadores e de toda a sociedade friburguense.
(*) Contador de histórias, amante de livros e leituras
e admirador confesso de Nova Friburgo.
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