Francisco Gregório Filho
Amigos leitores, participei e gostei. Faço aqui meu registro.
Um salão de leitura diferente e oportuno. Os editores, os livreiros, o livro, as revistas, os jornais, os brinquedos e os shows estavam até presentes, mas os protagonistas de fato eram os leitores. Leitores de todas as idades interagindo com os diferentes materiais e suportes, em exercício rico de convivências e trocas. Intercâmbio dos diversos saberes.
A participação intensa de toda a equipe da Secretaria de Educação de Niterói fez a diferença. Coordenadores, diretores de escolas e especialmente os professores e seus alunos fizeram do Espaço Niemeyer – Teatro Popular, um centro dinâmico de formação de leitores.
A curadoria do 3º Salão da Leitura de Niterói contou com a colaboração do professor doutor Julio Diniz, da PUC-Rio, que também é morador daquela cidade e figura querida do circuito cultural de Niterói. Julinho Diniz, como é chamado pelos amigos, conduziu todo o trabalho e as atividades propostas com muita serenidade e paciência para que todos os convidados se sentissem ativos leitores e criadores.
A proposta do Salão teve como eixo central a cidadania.
“Palavra de tão usada, parece às vezes sem força suficiente para expressar a importância de seu conteúdo como concepção, valor e prática. O pleno exercício da cidadania é o único possível caminho de construção de uma sociedade plural, justa e tolerante, ou seja, fundamento de uma vida democrática. Para nós a leitura não se restringe ao ato de ler um jornal, uma revista ou um livro, apesar de estar no contexto escrito a força primeira de sua existência. O conceito de leitura nos dias atuais significa a ampliação de seu uso para distintas linguagens artísticas, práticas estéticas e comunicação cotidiana. Por acreditarmos no valor simbólico e na força da leitura como transformação social, convidamos escritores, educadores, intelectuais, artistas e pensadores importantes para juntos conversarmos sobre temas relevantes do mundo atual. Foram mais de cem atividades que levaram o público à reflexão entretenimento e prazer. Um exercício de cidadania em que ninguém ensina porque todos aprendem.”
Estão de parabéns os organizadores e a Prefeitura pela realização desse Salão realizado de 22 a 30 de junho no Caminho Niemeyer, em Niterói. Sonhamos todos com eventos assim em todas as cidades brasileiras.
Participei de um dos encontros sobre contação de histórias durante o evento. Crianças, pais, avós e professores fizeram perguntas pertinentes sobre as boas práticas de formação de leitores. Gosto desses intercâmbios de diversas vozes curiosas e interessadas em como fazer para realizar boas ações com os livros, as bibliotecas e com a leitura.
Penso nesses momentos de escuta e acolhimento que me proporcionam essas pessoas, que apesar dos muitos obstáculos, estão sempre abertas para um diálogo esperançoso para ajudar a construir um Brasil leitor. Sempre sou agradecido a essas demonstrações de respeito e crédito.
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