Espaço de Leitura - Hans Christian Andersen - 16 a 18 de abril 2011

Por Maria Clara Cavalcanti
sexta-feira, 15 de abril de 2011
por Jornal A Voz da Serra

Dia 2 de abril — data em que se comemora o dia internacional do livro infantil — é o dia em que nasceu o grande autor de histórias infantis Hans Christian Andersen. Que tal conhecermos um pouco sua vida?

Há muito tempo atrás, numa cidadezinha chamada Odense, na Dinamarca, nasceu o filho de um sapateiro e uma lavadeira. Eles eram muito pobres e moravam numa casa miserável. A criança era um recém-nascido como outro qualquer, talvez um pouco mais comprido e um pouco mais magro do que os outros bebês que nasciam por ali, mas seus pais não se importaram muito com isso. “Logo ele ganhará peso e parecerá menos comprido”, pensavam eles.

Com o passar dos anos, porém, o bebê foi se transformando em um menino bem mais comprido e bem mais magro que os outros meninos que brincavam por ali.

Na verdade, sua aparência era bem estranha. Seus braços e pernas eram muito longos, seu andar desajeitado, e isso fazia com que as outras crianças zombassem dele e lhe dessem apelidos.

Sem amigos para brincar, ele passava os dias com o pai ouvindo as histórias que ele lhe contava enquanto remendava sapatos. Histórias que enchiam de tal maneira seu coração de fantasia e sua cabeça de sonhos, que ele começou a escrever peças teatrais, que encenava em um num palco que seu pai construíra para ele.

Um dia, o pai do menino morreu e sua solidão aumentou ainda mais. Resolveu, então, partir para Copenhague. Talvez lá ele pudesse ser aceito como era. Talvez lá pudesse realizar seu sonho secreto: ser ator, cantor, ou bailarino.

Logo, porém, suas esperanças foram por água abaixo. Entrou em um coral, mas sua voz mudou e o dispensaram. Tentou entrar para o corpo de baile, mas o consideraram alto demais para dançar. Tentou ser ator, mas foi rejeitado por sua aparência e modos desajeitados.

Mas o menino, que a essa altura já havia se transformado num rapaz bem mais magro, e bem mais alto do que os rapazes que moravam por ali, não desanimou.

Armado de pena e tinta começou a escrever. Colocou no papel suas experiências, sua infância pobre e sofrida, seus desejos, seus sonhos, e aos poucos foram aparecendo os mais diferentes personagens: um soldadinho de chumbo valente e perneta, desprezado por seu dono, uma sereiazinha que desejava ter pernas, uma menina que vendia fósforos tremendo de frio, um rei vaidoso que desfilou nu diante de seus súditos, um patinho feio que acabou virando um cisne, e muitos outros.

Suas histórias ganharam fama e ele foi finalmente aceito pela elite dinamarquesa, passando a frequentar castelos tão luxuosos quanto os de seus contos.

Foi assim, mais parecendo uma história tirada de um de seus livros, a vida de Hans Christian Andersen que, após enfrentar uma vida de miséria e rejeição, transformou-se no maior e mais admirado autor de contos infantis da literatura mundial.

“Na verdade, sua aparência era bem estranha. Seus braços e pernas eram muito longos, seu andar desajeitado, e isso fazia com que as outras crianças zombassem dele e lhe dessem apelidos.”

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