clara.pc@ig.com.br
chico.greg@yahoo.com.br
Francisco Gregório Filho
Minhas caras e meus caros leitores, peço consentimento para lhes trazer uma boa notícia sobre políticas públicas para o livro, a leitura e a biblioteca. Digo Política recheada de ações, produção e reflexão e de boas práticas formadoras de leitores e de difusão dos livros, com bibliotecas equipadas, acervos tratados e equipe qualificação continuada.
Já há dois para três anos, que não visitava Curitiba, a capital do Paraná. A convite do programa Curitiba Lê,fui agora neste mês de maio de 2012. Fui e gostei do que vi. Cuidadoso tratamento no mergulho para transformar toda uma rede de bibliotecas populares e municipais em verdadeiros centros formadores de novos leitores e no acompanhamento aprofundado (qualificado) aos antigos frequentadores desses espaços. Pertinentes essas iniciativas capitaneadas inicialmente pelo presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Paulino Viapiana:
“Em 2012 a Fundação Cultural empreendeu uma nova missão: transformar Curitiba numa cidade leitora. Porque se existir um leitor para cada livro escrito, a história do mundo é uma; se existissem milhares ou milhões, será totalmente diferente.
Os livros são uma viagem fascinante. Ler em silêncio, ler no ônibus, ler no banheiro, ler na biblioteca, ler no parque – cada um tem a sua preferência; não importa o lugar, mas o que tem à mão.
Para dar conta desse desafio, concebemos o programa Curitiba Lê, um conjunto de ações, que visam aproximar livros e leitores.”
Pois bem, amigos leitores, conheci as boas intenções e os bons feitos já em pleno desenvolvimento. Presenciei em alguns desses espaços dinâmicas exemplares de acolhimento dos leitores.
São Casas de Leitura, Estações de Leitura, Biblioparques, Bondinho da Leitura – estruturas físicas que oferecem o empréstimo de obras da literatura local, nacional e universal.
A esta rede soma-se um conjunto de atividades intelectuais ligadas ao fomento, difusão e formação de leitores: rodas de leitura, oficinas de criação literária, ciclos e laboratórios, cursos e contação de histórias.
Ao MauroTietz coube a coordenação de todo o empreendimento. Constituiu uma equipe multidisciplinar com destaque para os bibliotecários, educadores e os artistas narradores, ligados às Artes Visuais, Artes Cênicas e Artes Musicais. Acrescenta Mauro:
“Sabendo da pouca proximidade de nossa população com a leitura e consequentemente, com os livros, nestes encontros públicos de leitura é aplicado o princípio da leitura solidária, ou seja, não se aconselha, nem se diz ao outro que ler é bom e que, portanto, ele simplesmente deve ler. Mas, por outro caminho, se diz sim, que ler é bom! e que por isso se faz um convite para que venha ler conosco. Nestes encontros, o mediador compartilha com os convidados o seu prazer na leitura e nas conversas sobre um texto ou uma obra de arte. Não há compromissos de se transmitir um posicionamento estético fechado, ao contrário, há uma busca pelo estabelecimento do espaço da liberdade característica da leitura, que acolhe inclusive o silêncio.”
E como ação integrada, os laboratórios da escrita. Não há como investir no ato de ler sem investir também no ato de escrever. Uma coisa não existe sem a outra. Assim, a coleção Cidade de Curitiba, viabilizada com recursos do Fundo Municipal da Cultura, completa este ciclo, estabelecendo também as bases para uma trajetória de publicações em literatura.
Em Curitiba, durante três dias, participei de encontros com mediadores de leitura e gestores do Programa e retornei encantado com o grau de comprometimento de todos os envolvidos, uma equipe de trabalho do recentemente criado, Instituto de Artes e Cultura de Curitiba – IAC, com aproximadamente cem técnicos. Eta Curitiba das Boas Notícias!!
Deixe o seu comentário