Espaço de Leitura - 24 a 27 de dezembro.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
por Jornal A Voz da Serra

Desejando a todos um Natal cheio de paz e alegrias, compartilhamos com vocês este conto natalino.

Como a aranha salvou

o Menino Jesus

Isso aconteceu numa época muito especial. Logo depois que o Menino Deus Nasceu num estábulo na cidade de Belém, de onde a Família Sagrada teve que fugir às pressas. O rei Herodes, sabendo do nascimento do Salvador e temendo que Ele tomasse o seu lugar, mandou matar todos os recém-nascidos do país. Nossa Senhora, o Menino Deus e São José fugiram para o Egito sendo perseguidos pelos soldados de Herodes. Os inimigos se aproximavam cada vez mais, e a Santa Família estava prestes a cair nas mãos dos carrascos.

Os anjos do céu iam na frente dos Fugitivos avisando o que estava acontecendo e pedindo ajuda. Até que o grupo passou em frente à gruta onde uma aranha trabalhava. São José achou que aquele lugar seria o ideal para o descanso de sua Família e Eles entraram. A aranha ouviu o que os anjos diziam. Percebeu que, onde estava, a Santa Família seria uma presa fácil para os seus perseguidores. A aranha teve uma ideia que a fez trabalhar intensamente. Queria ajudar a Família de Jesus. Subia e descia. Pulava de um lado para outro. Sempre tecendo. Com rapidez e agilidade inacreditável, foi cobrindo toda a entrada da gruta com seus fios delicados. Num instante teceu uma longa teia que tomava toda a frente da gruta. Daí a pouco chegaram os perseguidores, os soldados de Herodes, que vinham atrás do rastro do burrinho que carregava Nossa Senhora e o Deus menino. Chegaram à entrada da gruta e já iam entrar quando o comandante, vendo a imensa teia, os deteve:

– Parem! Nem percam tempo em entrar aí! É claro que é uma armadilha pra atrasar nossa patrulha!

Um dos soldados estranhou:

– Mas o rastro do burro segue nessa direção senhor!

O comandante perdeu a paciência:

– Cale a boca, seu tolo! Não está vendo essa teia de aranha que cobre toda a entrada da gruta? Se alguém tivesse passado por aí, a teia estaria rasgada...

E os soldados foram embora. Nossa Senhora, São José e o Deus menino puderam descansar tranquilamente por toda a noite.

Na manhã seguinte, quando iam partir, Nossa Senhora abençoou a aranha e seu trabalho que tinham salvado o Menino Jesus.

A teia foi rasgada para que a Santa Família pudesse seguir cm segurança até o Egito. A aranha ficou feliz porque viu que seu trabalho foi útil.

E até hoje muita gente acredita que ter uma teia da protetora do Menino Deus em casa traz felicidade.

História popular recontada por Augusto Pessoa em seu livro Histórias de Natal, editado pela Escrita Fina.

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