Paulo Luiz Barata, escritor carioca que usa o pseudônimo Moloi, já trabalhou em Salvador por dez anos e em Portugal durante mais de 20 anos, no ramo de informática. Ao retornar ao Brasil, passou por Petrópolis, Teresópolis e, finalmente, Nova Friburgo, onde preferiu fixar residência, em São Geraldo, desde 3 de setembro passado, e voltar a atuar como escritor. Já tem publicados os livros A Arca de Poé, pela Edições Loyola, e Poetália Moloi, pela Livre Expressão Editora, pela qual também prepara o lançamento de seu terceiro livro, Senya Semiotyka. Seus dois primeiros livros estão à venda na Livraria Papelote (Praça Dermeval Barbosa Moreira 45, Willisau Center, Centro). Paulo pretende lançar seu terceiro livro também em Nova Friburgo, “completando a trilogia”, para o que já vem mantendo contatos.
Paulo participou do movimento contracultural em Salvador, onde morou de 1973 a 1983, e conheceu muitos escritores e compositores, como Jorge Mautner, Paulo Leminski, Gilberto Gil, fazendo jornais e revistas alternativos. Em 1983, Paulo foi para Portugal, onde morou por 24 anos e, apesar de manter contatos com o Brasil, viveu em um país com outra cultura e se concentrou no ramo da informática. Mesmo assim, em 1978 lançou seu primeiro livro de poesias, editado por Massao Ohno, com o título Leve, lave, love. Manteve contato também com o escritor Dinis Machado, falecido em 3 de outubro passado.
Em 2001, em Milão, a serviço de uma empresa portuguesa, decidiu retornar às publicações. Afinal, escreve desde os 15 anos e tinha muitos artigos acumulados. Lançou então a Arca de Poé, que tem associação com a arca de Noé (editado também no Brasil posteriormente). Fez uma introdução meio apocalíptica, escrita no mês de agosto daquele ano, como se tivesse pressentindo algo, e em setembro houve o atentado às torres gêmeas, nos Estados Unidos. Este livro tem uma apresentação de Massao Ohno e outra de Dinis Machado.
Em 2007, já de volta ao Brasil, edita Poetália Moloi, no Rio de Janeiro, uma revisão de suas atividades da contracultura. Tem apresentação do compositor Hildom, autor da música Casinha de Sapê (“na rua, na chuva, na fazenda...”).
Segundo Paulo Luiz Barata, esses dois livros integram uma trilogia que será completada com o lançamento de Senya Semiotyka, que está sendo entregue agora à gráfica. “Ao ler este livro, o leitor deverá ter sempre ao lado os dois primeiros, porque são relacionados”, explica o autor.
O lançamento ainda não tem data definida, mas Paulo está iniciando os contatos para a noite de autógrafos em Nova Friburgo. “Eu gostei muito de Friburgo, fiquei fascinado pela história, estou pesquisando sobre a fundação da cidade, D. João VI, as famílias que vieram da Suíça e da Alemanha, e porque também sinto mais uma aproximação com o clima de Portugal e a cultura européia”, comenta.
Paulo pretende se fixar em Nova Friburgo, escrever outros livros e participar do movimento cultural da cidade. Já esteve na Academia Friburguense de Letras assistindo a uma palestra e se confessou admirador do movimento trovadoresco. “Eu acho que todos, principalmente quem tem 57 anos como eu, não tem mais aquele espírito da juventude de uns contra os outros, mas de todos se confraternizarem, cada um com sua experiência”, finaliza.
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