O escritor carioca criado em Nova Friburgo Victor Heringer, morto tragicamente aos 29 anos, em março deste ano, terá seu primeiro romance, “Glória”, que lhe rendeu o Prêmio Jabuti em 2013, reeditado e uma coletânea de poemas, alguns deles inéditos, lançada no primeiro semestre de 2019. Além disso, sua crônica “Os sapatos do meu pai”, escrita para a revista “Pessoa” em 2014, também será publicada em Nova York, em versão bilíngue, para uma antologia. Ela será apresentada em Nova York, no The Pessoa International Literary Festival, programa de intercâmbio entre a publicação brasileira e a revista americana “Words Without Borders”, nos dias 16 e 17 de novembro .
Editado pela primeira vez pela 7Letras, “Glória” sai agora pela Companhia das Letras (mesmo selo de seu segundo romance, “O amor dos homens avulsos”, de 2016). As poesias estão sendo organizadas pelo irmão do escritor, Eduardo.
Victor era considerado um dos escritores mais promissores da nova safra da literatura brasileira.
Relembre a homenagem do colunista David Massena ao jovem escritor.
As circunstâncias da morte nunca foram esclarecidas. O corpo foi encontrado próximo ao prédio onde ele morava, em Copacabana, na Zona Sul do Rio, numa quarta-feira à tarde.
Victor lançou em 2011 o livro de poemas "Automatógrafo" e, no ano seguinte, o romance "Glória" (ainda pela editora 7Letras), premiado com o Jabuti em 2013. “Glória” é sobre um artista plástico que frequenta cafés virtuais usando pseudônimos de filósofos e sonha com a mulher perfeita.
Seu segundo romance foi "O amor dos homens avulsos", lançado em agosto de 2016, pela Companhia das Letras, e reflete sobre as transformações violentas no subúrbio do Rio, enquanto narra a história de amor trágica entre dois meninos. Com ele, foi finalista do Prêmio Rio de Literatura, do Prêmio São Paulo de Literatura e do Prêmio Oceanos.
A morte precoce chocou leitores e amigos. “Uma das vozes mais talentosas de sua geração”, disse a Companhia das Letras em comunicado nas redes sociais. Após passar um temporada morando em São Paulo, Victor Heringer havia voltado a viver, recentemente, no Rio, onde trabalhava no Instituto Moreira Salles.
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