Escolher um presidente requer conhecimento e cautela

quarta-feira, 03 de março de 2010
por Jornal A Voz da Serra

Max Wolosker

Chegou às minhas mãos uma Xerox que continha parte da ficha criminal de Luiza, ou seria Patrícia ou mesmo Wanda, codinomes da atual chefe da casa civil brasileira, Dilma Rousself e candidata do PT ao posto de presidente do Brasil. O folclore diz que há coisas que só acontecem ao Botafogo, mas os fatos estão a comprovar que esse privilégio não pertence apenas ao time da estrela solitária e corremos o risco de sermos presididos por um ex-terrorista.

Ninguém tem como negar o mar de lama que o PT formou nesses quase oito anos de governo, com escândalos dos mais variados tipos e gostos, todos envolvendo altas somas do vil metal. Mas se recuarmos no passado, veremos que a semente do que ocorre hoje, foi plantada nos idos de 1968. Em primeiro de agosto daquele ano, nossa terrorista mais famosa participou e/ou organizou o assalto ao Banco Mercantil de São Paulo e em seis de agosto o banco da vez foi o Banespa, também de São Paulo. A busca por dinheiro para sustentar a guerrilha ainda rendeu uma grana alta, quando o cofre do governador Adhemar de Barros foi roubado da casa de sua amante, no bairro de Santa Tereza no Rio de Janeiro, em julho de 1969. Nesse butim, 2,5 milhões de dólares sumiram. (Depois dizem que o emprego de governador não é bom negócio.)

O que os traficantes fazem hoje com grande desenvoltura, assalto a instituições militares para roubo de armas e munições, nossa brava guerrilheira já era pós-graduada ao participar e/ou organizar assaltos a uma casa de armas ainda em 1968, ao batalhão do 4º RI em Osasco e ao quartel da Força Pública ambos em São Paulo, em 1969.

Com esse currículo, nossa candidata cai como luva, se for eleita, na Presidência de uma nação cuja maior nódoa é cultivar a corrupção e a mentira, como se isso fosse uma doutrina dos bons costumes. Recentemente, ao terminar a leitura do livro Código da Vida de Saulo Ramos, grande jurista e ministro da justiça do governo Sarney, vi com um misto de horror e desprezo, o que é a república brasileira. O que nós como pessoas inteligentes sempre suspeitamos em relação ao julgamento de alguns presidentes e ministros do STF, por exemplo, é ali confirmado com uma transparência cristalina. A sede pelo poder e pelo enriquecimento ilícito, através de manobras escusas e golpes baixos são a tônica dos governos da metade do século passado em diante, inclusive os dos milicos. E o que é pior, o nível intelectual de nossos políticos cada vez mais baixo. È deprimente.

Vai ser um governo de arromba, arromba o patrimônio da classe média, da classe rica, da classe produtiva e da classe pobre também, se essa der mole. Mas também pudera juntar num mesmo balaio a cúpula do PT, tem que ter estomago.

Lógico, que com a campanha em voga do adote um ex-presidiário, apesar de ser o emprego mais importante do país, pode ser que nossa ministra tenha condições de realizar um bom trabalho. Pelo menos é uma economista com formação universitária e, apesar de causar comichões no presidente atual, uma pessoa de boa cultura. Se no passado essa cultura descambou para atos ilícitos, quem sabe com a maturidade, possa dar bons frutos. Gato escaldado tem medo de água fria, mas no Brasil tudo é possível.

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