A VOZ DA SERRA voltou a denunciar, na edição de ontem, 5, o desleixo de populares em colocar lixo nas ruas fora dos horários estabelecidos para a coleta regular. Sem uma solução adequada, o problema é velho conhecido da população, sem que haja o cumprimento das orientações e a conscientização para manter a cidade limpa. Os exemplos estão espalhados por todos os cantos.
O BRASIL deu um passo importante em sua política ambiental, ao criar a Política Nacional de Resíduos Sólidos em 2010, durante o governo do presidente Lula. Com a lei, o Brasil passou a ter um marco regulatório na área de resíduos sólidos. A lei faz a distinção entre resíduo, que pode ser reaproveitado ou reciclado, e rejeito, que não é passível de reaproveitamento.
A LEI ESTABELECE a integração de municípios na gestão dos resíduos e responsabiliza toda a sociedade pela geração de lixo. A legislação também determina que as pessoas façam a separação doméstica nas cidades onde há coleta seletiva. Catadores e a indústria de reciclagem receberão incentivos da União.
OS AVANÇOS da política ambiental brasileira beneficiaram de fato Nova Friburgo, incentivando a um maior cuidado com o rico patrimônio natural que o município possui. O cuidado com o lixo é uma extensão da preocupação da sociedade com a melhoria da qualidade de vida, com a alarmante situação ambiental em todo o planeta e com a preocupação de deixar um mundo melhor para os nossos sucessores.
O LIXO reciclado em Nova Friburgo ainda está distante das atitudes ecologicamente corretas sonhadas por todos. Por questões diversas, da falta de interesse individual à coleta seletiva por todos os bairros, o município ainda não se adequou à nova prática. Para uma cidade com fortes vocações turísticas e ecológicas, tal atitude ampliaria ainda mais a imagem de Friburgo por sua qualidade de vida.
CADA CIDADÃO libera em média sete toneladas-ano de gás carbônico, de acordo com as estatísticas da ONU. Para compensar a emissão deveria plantar, cada um, 38 árvores. Por tudo isso, e muito mais, somos responsáveis pelas alterações climáticas do planeta. Buscar uma saída envolve, portanto, toda a comunidade.
A PARTIR DA educação ambiental, pode-se colaborar bastante para esta tomada de consciência. Porém, cabe aos governantes a tarefa de liderar esta mudança, oferecendo alternativas que beneficiem a população, ao tempo em que cria mecanismos mais eficientes de proteção ambiental. É uma tarefa que não pode ficar para depois.
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