Equipe friburguense de futebol americano treina para buscar bicampeonato da Liffa

Depois de conquistar o estado em 2013, o desafio do Nova Friburgo Yetis é manter a hegemonia e buscar o bicampeonato da Liga Fluminense de Futebol Americano. A competição deste ano será dividida em três conferências — Sul, Central e Norte —, e os "homens de gelo” terão Giants Unites, de Itaperuna, e Macaé Oilers como adversários. A equipe friburguense treina regularmente desde o início do ano e inclusive realizou dois amistosos: venceu Macaé Oilers e Niterói Federals. 

"Vamos realizar mais um ou dois, dependendo do calendário. Estamos aproveitando para testar os novatos, para que eles possam sentir a pressão de disputar um jogo contra outra equipe. Planejamos fazer uma boa pré-temporada neste ano para chegarmos à Liga ainda mais fortes”, conta o presidente Bruno Ceccon.

A simples brincadeira entre amigos do Colégio Nossa Senhora das Dores evoluiu, e o Nova Friburgo Yetis planeja conquistar novos parceiros para alcançar outros rumos. Cada viagem da equipe custa, em média, R$ 500, valor este coberto pela Faol desde o ano passado. A empresa de transportes cede, além do ônibus para transportar os jogadores, um outro carro para levar os torcedores aos jogos. 

"O título não foi apenas dentro de campo. Nós pudemos renovar os patrocínios, melhorar a imagem do Yetis em Nova Friburgo. Renovamos o patrocínio com a Faol e poderemos ter novos parceiros em breve. Essa conquista facilitou o processo e estamos estudando ainda outras possibilidades. Não é algo simples, pois temos que mostrar o projeto e ele ser aprovado, mas conseguimos mostrar a seriedade do trabalho.”

A garantia de apoio para os deslocamentos permite ao Yetis buscar novos parceiros para melhorar a qualidade dos treinos e jogos através da compra de novos equipamentos. "Temos um patrocínio que supre as viagens, que possuem um custo mais elevado. Com 49 atletas, nós vamos necessitar de mais de um ônibus e não temos essa preocupação. A nossa maior necessidade passa a ser financeira mesmo, porque a intenção é investir em equipamentos. A maioria deles é importado e não custa pouco.”

 

A ideia de dividir a competição em conferências surgiu da necessidade de planejar a tabela de jogos em acordo com a proximidade entre as cidades-sede de cada equipe. A data de início da competição ainda não foi definida, mas a tendência é de que o torneio comece em meados de agosto. Neste ano, a Liga deve contar com a participação de 11 times, superando os cinco do ano passado. Novos times surgem pelo estado, mas precisam ter a estrutura testada e aprovada para integrarem a Liffa. 

"A liga está em fase de testes. O próprio Macaé Oilers estava sendo avaliado quanto a quantidade de jogadores, capacidade de receber uma partida e outras questões, como a financeira. Alguns times ainda não garantiram presença, mas acredito que o campeonato deve ter uns dez times. São equipes novas, e esperamos aumentar o nível do campeonato. Precisamos evoluir, pois o campeonato tem apenas dois anos, mas a busca por melhorias é geral. Infelizmente, nós disputamos espaço com o futebol em termos de campo, pois no Brasil não existem campos oficiais de futebol americano. A evolução é grande e os times estão buscando apoio de empresas e poder público.”

Em relação aos locais para receber os jogos, o Nova Friburgo Yetis está seguro. Desde o ano passado, a diretoria do Botafoguinho, da Chácara do Paraíso, abriu as portas para o futebol americano, e a parceria deve prosseguir pelos próximos anos. O Yetis, inclusive, sonha em investir no espaço e promover algumas melhorias na estrutura do local. "Estamos conversando com os responsáveis e já acertamos para mandar os jogos da Liga. O Botafogo tem uma estrutura muito boa de bar, vestiários, arquibancada. Queremos, inclusive, fortalecer a parceria e melhorar o espaço futuramente. Tem o campo de rugby que será construído, mas não terá as dimensões oficiais para as nossas partidas. Provavelmente, essa será a nossa casa nos próximos anos. Os jogos do nosso esporte duram três ou quatro horas, e não é fácil conseguir um clube que aceite essas condições.”