Nossas encostas nossas vidas. Com este slogan o Projeto Florestar & Cia. inicia neste sábado, 27, na Vilage, atividade socioambiental preventiva de conscientização alertando os moradores quanto à ocupação desordenada do solo. De acordo com o coordenador Luiz Latour, a geografia de Nova Friburgo é predominantemente composta de morros e muitos deles são geologicamente inabitáveis, como é o caso da Vilage.
No entanto, ao longo dos anos moradias foram sendo construídas nessa área de alto risco, com acentuado grau de inclinação, de maneira que essa ocupação aumentou com o passar do tempo e o risco também, haja vista a saturação do solo. Na maioria das vezes deveria haver um estudo minucioso para esse tipo de ocupação, mas, por questões financeiras ou falta de informação, esse estudo não foi feito.
Atualmente há lei municipal determinando o estudo geológico de uma obra, considerada por Latour como muito importante, até porque muitas vezes o proprietário providencia a liberação de uma obra e ao longo dos anos faz o já famoso puxadinho, ou pior, aumenta a obra muitas vezes, com até dois ou três andares, encosta a obra num barranco sem a devida sustentação.
CHUVAS - O coordenador do Projeto Florestar & Cia. lembra que ainda há o risco de chuvas fortes, nesta época conhecidas como águas de março. E o bairro Vilage está incluído nas áreas de risco do município. Segundo Luiz Latour, a instabilidade de alto grau das encostas está apenas adormecida nestes dois últimos anos por causa da pouca incidência de chuvas. “Mas, a qualquer momento esse monstro dos deslizamentos de encostas adormecido poderá acordar, caso haja um longo período de chuvas”, comenta.
Latour salienta que a Defesa Civil de Nova Friburgo vem, na medida do possível, fazendo o monitoramento da situação em todo o município, incluindo a Vilage, informando os moradores sobre possíveis riscos. “Preocupados em aumentar esse nível de informação, o Projeto Florestar & Cia. faz esta visita de conscientização socioambiental quanto aos cuidados com nosso meio ambiente e para alertar os moradores que o perigo ainda existe e mora ao lado, a fim de que eles fiquem atentos a possíveis situações de risco que comprometam a segurança de seus familiares e os mais próximos”, encerra Luiz Latour.
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