Enquanto país fechou vagas, Friburgo gerou empregos em novembro

Contratações temporárias do comércio local evitaram que município fechasse o mês com saldo negativo
sexta-feira, 29 de dezembro de 2017
por Alerrandre Barros
Consumidores nas ruas às vésperas do Natal (Arquivo AVS)
Consumidores nas ruas às vésperas do Natal (Arquivo AVS)

Nova Friburgo fechou o mês de novembro com mais contratações com carteira assinada do que demissões, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, divulgado na quarta-feira, 27. Houve 1.235 admissões no município contra 1.184 demissões, isto é, foram gerados 51 novos postos de trabalho. Esse número, porém, é 54% menor em comparação com outubro, quando foram criadas 112 vagas no mercado de trabalho de Nova Friburgo.

Se não fossem as contratações temporárias do comércio friburguense para o fim de ano, o mês teria fechado com saldo negativo. O comércio da cidade abriu 165 novos postos de trabalho, com a expectativa de melhora nas vendas para o Natal, que de fato aconteceu. Houve aumento de 4,5% nas compras este mês, de acordo com a Câmara de Dirigentes Lojistas e o Sindicato do Comércio Varejista de Nova Friburgo (CDL/Sincomércio).

A indústria de transformação também fechou o mês com saldo positivo de somente três vagas, mas os demais setores foram mal. A construção civil registrou saldo negativo de oito vagas; a agropecuária reduziu quatro vagas; o setor de serviços também apresentou saldo negativo de 91 vagas e a administração pública fechou nove postos de trabalho.

No acumulado deste ano até novembro, foram criados, no total, 819 empregos formais em Nova Friburgo. No mesmo período de 2016, foram fechados 637 postos de trabalho no município. Em 2015 foi ainda pior: menos 962 oportunidades no mercado formal de janeiro a novembro daquele ano.

Se em Friburgo a geração de empregos foi positiva, no Brasil, por outro lado, houve mais demissões do que contratações em novembro. De acordo com o Caged, foram 12.292 vagas a menos. Apesar disso, no acumulado do ano, o saldo do país é melhor, com a geração de 299.635 empregos, 0,78% em relação a 2016.

Em novembro, o comércio brasileiro foi o único setor que registrou saldo positivo, com a criação de mais de 68 mil vagas. Segundo o Ministério do Trabalho, as festas de fim de ano, que aqueceram as vendas, foram o motivo desse resultado.

 A indústria de transformação registrou saldo negativo de 29.006 empregos. A construção civil reduziu 22.826 vagas. O setor de agropecuária gerou saldo negativo de 21.761 vagas. O setor de serviços também apresentou saldo negativo de 2.972 vagas.

Para o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira - que pediu demissão ao governo Temer nesta semana para concorrer as eleições de 2018 - em novembro há uma tendência de saldo negativo do emprego. Ele argumentou, entretanto, que o resultado não indica interrupção no processo de retomada do crescimento econômico, com criação de postos de trabalho.

“Nos 11 meses do ano, oito foram positivos [com geração de emprego]”, disse Nogueira. A projeção do Ministério do Trabalho é que em 2018, com o crescimento da economia em 3%, devem ser criados 1.781.930 empregos formais até o fim do ano, na comparação com o mesmo período de 2017. O ministério também divulgou uma estimativa mais otimista considerando o crescimento do PIB de 3,5%, com a criação, no próximo ano, de 2.002.945 vagas.

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