Os governos federal e estadual e o Congresso Nacional anunciaram ontem, quinta-feira, a adoção de medidas de prevenção de desastres naturais no momento em que o número de mortos pelas chuvas e deslizamentos de terra na região serrana ultrapassou a marca de 750, além de mais de 300 desaparecidos e cerca de 20 mil desabrigados e desalojados.
Se por uma lado as equipes de resgate - que estão no décimo dia de buscas e avançando para áreas até então isoladas pelas toneladas de terra, pedras e lodo que deslizaram dos morros e soterraram centenas de imóveis - autoridades analisam a adoção de medidas para impedir que este tipo de tragédia se repita.
Ainda ontem, o ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, disse que o sistema nacional de prevenção e alerta de desastres naturais anunciado nesta semana pela presidenta Dilma Rousseff começará a ser criado este ano e estará em pleno funcionamento em 2013. O ministro reconhece que o sistema de alertas não saiu do papel em governos anteriores. Ele, porém, reconheceu que o sistema nacional de alerta e prevenção de desastres não foi implantado, embora ele estivesse previsto em decreto publicado em 2005, no primeiro mandato do presidente Lula. Esse sistema de alerta foi anunciado no início desta semana em resposta aos danos provocados pela fortes chuvas na região serrana do Rio de Janeiro. Entre as medidas anunciadas pelo governo estão a compra de 700 pluviômetros e novos radares e o aviso de alerta às populações em áreas de risco até seis horas antes do evento climático.
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