A história do centenário da chegada da energia elétrica em Nova Friburgo será contada na exposição “100 anos de luz e industrialização”, a realizar-se na Usina Cultural a partir do dia 17 de novembro. A Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho, realizadora do evento, deseja comemorar em um único evento os 100 anos de luz, os 100 anos da industrialização e os 10 anos da Usina Cultural, que estão intimamente interligadas.
O objetivo da mostra é apresentar ao público a história da industrialização de Nova Friburgo, que mescla a chegada de imigrantes alemães—grandes detentores de capital financeiro—ao surgimento de um município operário, através das instalações de grandes fábricas têxteis por volta de 1910. Quem visitar a exposição conhecerá uma rica história que começou com a Cenf (hoje Energisa) e Arp, seguida pela Ypu, Filó e Haga, culminando nos dias atuais, com destaque para o setor de moda íntima.
Espaço Usina Cultural
De 17 a 19 de novembro, a Usina Cultural Energisa (Praça Getúlio Vargas 55, Centro) reviverá o dia 9 de junho de 2001, quando o espaço foi inaugurado. Nesses últimos 10 anos, o local tem sido palco de inúmeras atividades, entre cursos e oficinas, que colaboram para instrumentalizar o artista local em sua área de atuação (oficinas de música, teatro e artes plásticas), com uma programação ininterrupta, considerada pelo público de altíssima qualidade e referência em Nova Friburgo.
Na quinta-feira, 17, às 19h, será a abertura da exposição com a participação dos alunos da Oficina de Teatro da Usina Cultural, sob a direção de Daniela Santi; às 20h30, show instrumental com o grupo “Rolla Jazz” na Sala Maestro Joaquim Naegele. Na sexta-feira, 18, às 19h, apresenta-se Leila Maria (voz), Rodrigo Braga (piano) e Chico Costa (saxofone)—a nova MPB carioca. E no sábado, 19, às 16h, será apresentado um espetáculo voltado ao público infanto-juvenil: “Palhaçarte”, com Elisa Ottoni e Guilherme Bon; e às 17h, outra atração voltada para os jovens: “A Fábula da Memória”, com Marco Andrade.
100 anos da Industrialização
É fato da história friburguense que, para o progresso chegar à cidade, dependia também da implantação da eletricidade para que os grandes industriais da época, como Julius Arp, viabilizassem os seus empreendimentos. Com a garantia do fornecimento de energia elétrica, constituiu em 1925 a Empreza de Eletricidade Julius Arp & Cia, que, em janeiro de 1937 transformou-se na Companhia de Eletricidade de Nova Friburgo, a Cenf, empresa incorporada pelo Sistema Cataguazes-Leopoldina em junho de 1997, dentro da estratégia de expansão do grupo no setor elétrico, até então restrito à Zona da Mata de Minas Gerais.
100 anos de Luz
A Cenf, hoje, Energisa, foi um marco determinante na história do desenvolvimento do município de Nova Friburgo. A concessionária atua na geração, transmissão e distribuição de energia elétrica para 94 mil consumidores, o que corresponde a uma população de 182 mil pessoas, abrangendo uma área de mil quilômetros quadrados.
Ao longo de 14 anos, a empresa superou desafios e, atualmente, os números da Energisa são expressivos, com mais eficiência na operação dos serviços e melhoria na qualidade do atendimento, alcançou vários avanços, entre eles: 50% de aumento no número de clientes, redução de 30% nas perdas de energia, ampliação de 77% na capacidade das subestações e de 140% no total de linhas de distribuição.
Compartilhando a mesma história
As comemorações ao centenário da industrialização no município devem-se ao Sistema Firjan, pela iniciativa em promover ações agregando representações com valor histórico à transformação econômica e social de Nova Friburgo, entre elas: a Faculdade de Filosofia Santa Dorotéia, a Colônia Alemã, a Associação Comercial Industrial e Agrícola (Acianf), além de pesquisadores e interessados na história do povo friburguense.
Deixe o seu comentário