Continua a polêmica em torno do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2010. O Ministério Público Federal pediu a suspensão do exame com base na falta de segurança e nos erros de impressão das provas, aplicadas no último fim de semana para mais de dois mil estudantes em todo o país. A Justiça acolheu o pedido, feito na última segunda-feira, 8, além de ter proibido o Ministério da Educação (MEC) de divulgar o gabarito, que deveria ser liberado no final da tarde de ontem, 9.
Pela decisão da Justiça, também estão suspensos o recebimento de requerimentos administrativos de qualquer aluno prejudicado ou não, seja por preenchimento do cartão resposta, providências administrativas de guarda e tratamento do material utilizado no exame e, ainda, a realização das etapas que antecederem a publicação do resultado final.
Em entrevista à Rádio Bandeirantes, o presidente do Inep, Joaquim José Soares Neto, afirmou que o gabarito oficial só será divulgado quando houver um parecer final da Justiça. A Advocacia Geral da União vai entrar com recurso contra a decisão da Justiça.
Ontem, o MEC colocou uma página na internet para receber reclamações dos estudantes que se sentiram prejudicados com o problema dos erros de impressão na prova amarela e na folha de respostas. O caderno de provas apresentava questões divididas entre ciências da natureza e ciências humanas. A divisão das questões era a mesma, mas os cabeçalhos foram trocados.
De acordo com o MEC, os estudantes que se confundiram poderão pedir a correção invertida da prova.
Até o fechamento desta edição, o Ministério da Educação tentava reverter a decisão da Justiça e andiantou que não pretendia aplicar uma nova prova. A notícia deixou muitos estudantes confusos e apreensivos quanto ao resultado do exame, composto por 180 questões e uma redação. Em Nova Friburgo, o Enem contou com 930 inscritos e as provas foram aplicadas em vários estabelecimentos de ensino, como o Colégio Estadual Jamil El Jaick.
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