Três empresas de Nova Friburgo foram premiadas pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) por terem se destacado no mercado exterior em 2018. As indústrias Multimetais, Duda Damewer e Filó receberam o Prêmio Rio Export, que valoriza e estimula o desempenho das empresas nas relações com o mercado internacional. A Duda, que fabrica artefatos para a construção civil, por exemplo, foi premiada pelo Destaque de Relacionamento Internacional.
Já a Multimetais, do ramo de fechaduras e acessórios de vidros, foi premiada na categoria Destaque Internacional. Já a Filó, do setor de moda íntima, foi reconhecida como destaque em exportações. Wanderson Duarte, supervisor de produção da Filó, destacou que o prêmio é um reconhecimento pelo trabalho desenvolvido na empresa que mantém relações comerciais com o mercado nacional e países do Mercosul, Américas Central e do Norte, Europa e Ásia.
O Rio Export é oferecido pela Firjan às empresas com alto desempenho nas exportações estaduais. Desde o lançamento, em 1998, mais de 220 empresas fluminenses foram reconhecidas pela cultura exportadora no estado.
Diagnóstico do comércio exterior
Técnicos da Firjan Internacional também apresentaram informações do novo Diagnóstico do Comércio Exterior que mostrou que o Estado do Rio registrou, em 2018, a maior corrente de comércio desde 2004, totalizando US$ 54 bilhões. Com isso, a participação fluminense no saldo comercial do Brasil foi de 13%. O Estado registrou ainda um superávit na balança comercial de US$ 6 bilhões.
O estudo traça o perfil das empresas fluminenses que atuam no mercado internacional, a partir de entrevistas e das bases de dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Na série história analisada, a participação fluminense nas exportações brasileiras passou da quinta para a segunda posição, ficando atrás apenas de São Paulo.
De acordo com o documento, os principais bens exportados em 2018 foram provenientes do petróleo e gás natural, com US$ 18 bilhões (63%), representando uma variação de 136% em relação a 2016. A pesquisa mostrou também a percepção dos empresários fluminenses com relação aos entraves às exportações. Os mais citados foram a burocracia tributária, com 47%; e custos tributários e dificuldade no ressarcimento de crédito, com 22%. Quando analisado o perfil das empresas importadoras, a pesquisa detectou que 48% compram produtos finais, 28% matérias-primas e 24% importam ambos.
Negociações multilaterais
O diagnóstico também lançou questões acerca das negociações multilaterais em curso, buscando detalhar as vantagens e desvantagens apontadas. Sobre o Mercosul, 62% indicaram vantagens com o bloco, sobretudo em relação à isenção ou redução de tarifas. “Isso demonstra a importância do governo realizar a redução tarifária de forma transparente, com a participação dos setores produtivos”, frisa Giorgio Luigi Rossi, coordenador da Firjan Internacional. Por outro lado, o percentual de empresas que enfrentaram algum tipo de problema nos processos de exportação ou importação com países do Mercosul aumentou de 18% para 38%.
Outro ponto de destaque no diagnóstico é que 68% das empresas declararam ser favoráveis à abertura do mercado brasileiro e 52% estão interessadas nas negociações que o país vem participando com o Mercosul. Os negócios que aparecem como de maior interesse são com a China, União Europeia, Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA) e EUA. “É interessante observar que a pesquisa foi feita antes da conclusão dos acordos Mercosul–União Europeia e Mercosul–EFTA, o que mostra que já existia uma expectativa positiva do empresariado”, argumenta Rossi.
A íntegra do Diagnóstico do Comércio Exterior do Estado do Rio de Janeiro está disponível aqui.
COM FOTOS EM 28-11 - crédito Divulgação
Premiados junto aos conselheiros da Firjan Centro-Norte e membros da Firjan Internacional
Alguns agraciados junto a presidente do Sindgraf, Márcia Carestiato e a equipe da Firjan Internacional
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