Amine Silvares
Cerca de cem empresários do setor industrial, comerciantes e demais empresários de Nova Friburgo se reuniram na sede da Câmara de Dirigentes e Lojistas (CDL) no início da noite de quarta-feira, 26, para discutir sobre o pagamento dos tributos e tarifas nos próximos meses. De acordo com a Firjan, pelo menos 80% das empresas friburguenses foram afetadas, de alguma forma, pelas chuvas do dia 12. Com vendas fracas, é grande a preocupação dos empresários com o pagamento de funcionários, fornecedores e impostos.
Uma das principais reivindicações é com o abatimento nos impostos e ampliação dos prazos de pagamentos. Querem que seja aberto um crédito para os compradores, com o objetivo de movimentar a economia da cidade, envolvendo desde materiais de construção até opções culturais, fomentando, assim, todos os setores econômicos. A intenção é de que o dinheiro seja gasto dentro de Nova Friburgo, e que os juros para o consumidor sejam menores ou inexistentes. Mesmo com a disponibilização do dinheiro do FGTS, a preocupação é que isto não seja suficiente para amenizar os prejuízos após a chuva e normalizar as atividades do comércio.
Na reunião, comandada pelo presidente da CDL, Braulio Rezende, esteve presente o gerente do Banco do Brasil, Carlos Alberto Faneli, que falou sobre a liberação de recursos e benefícios pelo governo federal. Em relação às tarifas cobradas por máquinas de cartão de crédito e débito, ele afirmou que é possível pedir a isenção de cobranças para as empresas responsáveis.
Ao fim da reunião, os empresários assinaram uma carta endereçada ao vice-governador, Luiz Fernando Pezão, que já foi enviada ao BNDES e a Investe Rio, com uma proposta do setor industrial para a retomada das atividades de forma imediata, revertendo a situação que também prejudica os funcionários. A carta informa as condições necessárias para restabelecer a indústria de Nova Friburgo, para que possa se beneficiar dos valores anunciados pelo governo federal, após ser bastante afetada pela tragédia do dia 12. Caso a oferta seja aprovada, o setor se comprometeu a manter 90% da folha de empregados até o fim do ano.
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