A criação de empregos com carteira assinada em Nova Friburgo continuou caindo em junho. A diferença entre admissões e desligamentos foi de 248 postos de trabalho a menos, informa o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.
Em maio, o município começou a demitir mais do que contratar, depois de quatro meses de geração de vagas formais. O saldo de junho, porém, é o pior desde dezembro do ano passado, quando 470 postos de trabalho foram fechados em Nova Friburgo.
O desempenho ruim em junho foi puxado pela indústria, que demitiu cerca de 126 operários. O comércio e o setor de serviços também não foram bem: fecharam 79 e 72 vagas, respectivamente. A construção civil, por outro lado, continua dando sinais de recuperação. No mês passado, abriu 31 novos postos de trabalho.
Situação ruim também no estado
O mercado de trabalho com carteira assinada também recuou no estado do Rio de Janeiro em junho. Foram fechadas, de acordo com o Caged, 2,5 mil novas vagas, sobretudo, no comércio, na indústria e na construção civil. Em maio, a retração foi um pouco maior: cerca de 3,1 mil postos de trabalho a menos.
Em todo o país, o saldo de empregos ficou negativo pela primeira vez este ano. Em junho, o mercado encerrou 661 postos de trabalho também no comércio e na indústria. O número é pequeno e indica, na avaliação do Ministério do Trabalho, que a criação de empregos formais se manteve estável.
No mês de maio, o Brasil criou 33.659 novos postos de trabalho formais. Abril teve o melhor desempenho do ano: 115 mil vagas a mais; em março, 56 mil; fevereiro, 61 mil; e janeiro, 77 mil. Até junho, o número de pessoas com carteira assinada no país ficou 38.212.388 milhões.
Greve dos caminhoneiros
Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio), a queda na geração de empregos em junho foi provocada pela greve dos caminhoneiros, em maio, que afetou o transporte de produtos e o abastecimento de estoques. Foram registradas fortes quedas nas vendas e na produção industrial.
Em julho, porém, a atividade industrial voltou a crescer, segundo a Sondagem Industrial divulgada nesta terça-feira, 24, pela Confederação Nacional da Indústria. A pesquisa mostra também que os estoques se recuperam e houve melhora nos índices que medem as expectativas de demanda e de compra de matérias-primas. Isso tem impacto direto no emprego, que deve se manter estável este mês.
Já a Fecomércio avaliou, através de dados apurados pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), que os comerciantes estão otimistas com a melhora nas vendas e prevêem a contratação de mais funcionários. “Uma recuperação dos prejuízos vividos pelo comércio fluminense nos últimos dois meses pode ocorrer de forma gradual ainda no segundo semestre”.
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