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Em recesso, vereadores opinam sobre primeiro semestre da Câmara
sexta-feira, 19 de julho de 2013
por Jornal A Voz da Serra
Até o dia 1º de agosto o Legislativo friburguense estará em recesso. Neste período não haverá nenhuma sessão no plenário, mas os gabinetes parlamentares e os demais órgãos da Câmara continuarão funcionando em expediente normal. Na avaliação de vereadores, o trabalho no primeiro semestre foi positivo — embora tenham feito críticas veladas à quantidade excessiva de cadeiras que, no entendimento de vários deles, prejudica a rotina de trabalho da Casa.
O presidente da Câmara, Márcio Damazio (PSD), enalteceu o fato de o Legislativo ter se comportado de maneira "transparente e democrática” na análise das matérias. Ele, porém, admite que muita coisa precisa "ser melhorada”, mas "o começo foi bom”, frisa.
Exercendo o terceiro mandato consecutivo, Marcelo Verly (PSDB) comunga de opinião semelhante a do presidente da Câmara: "Considero ter sido positivo o primeiro semestre da nova legislatura. Logo no início do ano aprovamos as leis do Orçamento e das subvenções que haviam ficado pendentes. Mais recentemente aprovamos dentro do prazo a proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias 2014, incorporando emendas de vereadores, tanto de situação como de oposição, que melhoraram a qualidade do projeto original”, diz. "O Legislativo vem exercendo também sua função fiscalizatória, seja através de requerimentos de informações à Prefeitura e outros órgãos, seja realizando sessões específicas com a presença de representantes de concessionárias, cobrando melhorias nos serviços e redução de tarifas. No que cabe ao Legislativo estamos cumprindo a nossa parte de forma democrática, ágil e objetiva”, acrescenta Verly.
O vereador Wanderson Nogueira não vê problemas na quantidade de vereadores, mas faz ressalvas. "Acredito que houve um importante aumento de representatividade. Mais distritos representados, mais comunidades tendo voz no legislativo. Obviamente que quantidade não quer dizer qualidade, mas qualidade é definida pela população através do voto de quatro em quatro anos, e isso independe do número de vereadores”, afirma. "No geral, a Câmara cumpriu com sua função de fiscalizar o Executivo, de promover importantes debates acerca de inúmeros temas, e na medida do possível indicou leis. Claro que este ou aquele vereador teve papel mais fundamental nessa ou naquela questão, e aí cabe uma avaliação do trabalho de cada um”, declarou.
O líder do governo na Câmara, Alexandre Cruz (MD), acredita que no primeiro semestre "a Câmara fez o dever de casa”. Para ele, no entanto, 2013 tem sido um ano de "colocar as coisas em seus devidos lugares” e acha que a população pode acreditar "em um 2014 melhor”. "Não existem milagres. Existe trabalho, muito trabalho, para que a situação melhore para a população num futuro próximo. E vejo um comprometimento da Prefeitura e da Câmara nesse sentido”, destaca.
O vereador Cláudio Damião (PT) considerou o trabalho dos primeiros seis meses como regular, com altos e baixos. "A Câmara tem um papel muito importante, mas alguns ainda não entenderam essa função e, perante a opinião pública, criam uma falsa expectativa”, critica. "Por outro lado, a Câmara está mais democrática este ano, mais leve”, diz.
Gustavo Barroso (PSD), Vanderléia Pereira (PRP) e Ricardo Figueira (PSDC) também destacaram o trabalho da Câmara no primeiro semestre. Zezinho do Caminhão (PSB) avalia que, em relação a legislaturas anteriores, a composição atual da Câmara "está mais ousada”.
"Creio que realizamos um trabalho de regular para bom. A Câmara está fiscalizando mais e cobrando mais também do Poder Executivo, e isso é bastante positivo. Lógico que boa parte do Legislativo está fazendo seu trabalho e mostra uma conduta também mais independente. Isso não quer dizer que está tudo bom, mas, no meu modo de ver, o início de mandato foi promissor e precisamos crescer muito para alcançar o ideal”, pondera.
A voz destoante entre os vereadores ouvidos foi de Luiz Fernando Azevedo (PDT). Para o pedetista, a avaliação dos trabalhos no primeiro semestre "é ruim”. "Não votamos nada de importante que pudesse modificar o momento tão delicado que vive o município. Em minha opinião, o governo municipal não apresentou projetos nesse sentido e a Câmara ficou engessada”, enfatizou.
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