Em nome do futuro

sexta-feira, 10 de junho de 2016
por Jornal A Voz da Serra

NESTA SEMANA o juiz Leonardo Teles, da 26ª Zona Eleitoral, ministrou palestra para alunos do Instituto de Educação de Nova Friburgo abordando temas sobre o processo eleitoral, buscando sensibilizar a juventude para a importância do voto. Assim como existem muitos outros problemas para a juventude, como as drogas e a violência, a apatia dos jovens pela política também vem se revelando num novo problema do país. As campanhas motivacionais não são suficientes para ligar o jovem ao voto. Apatia, desinteresse ou desilusão com os passos políticos, dentre os quais o mais negativo é a corrupção, afastam os jovens das urnas eleitorais.

A AVALIAÇÃO do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é de que a apatia deve ser combatida com a força do voto, voltado principalmente para as causas mais relevantes da sociedade, como a ética, a moral e os avanços sociais. Neste aspecto, os jovens não têm porque se desmotivar. Num país repleto de contrastes, as mudanças só poderão ocorrer com a participação do eleitorado, votando naqueles mais comprometidos com as propostas que reequilibrem tais contrastes.

DE ACORDO com a Justiça Eleitoral, o número de eleitores e candidatos com menos de 20 anos tem mostrado queda desde 1992, quando o TSE começou a contabilizar os dados. Com vistas a mudar os números registrados, o TSE e os TREs lançaram campanhas publicitárias e promovem projetos sociais para incentivar os mais novos a se alistarem e a votarem de maneira consciente, longe de armadilhas como a compra de votos.

PURIFICAR O voto é o que propõem as autoridades eleitorais e esse mote deveria ser compartilhado também pelas autoridades municipais, que podem encontrar na juventude o caminho certo para uma vitória eleitoral. É preciso convencê-los, portanto, a não desistir e combater as desigualdades com a mudança no poder. O que não significa necessariamente trocar os gestores e, sim, exercer maior pressão sobre os políticos.

PARA AS autoridades, a apatia deve ser combatida com a força do voto, voltado principalmente para as causas sociais. Neste aspecto, os jovens não tem porque ficar desmotivados. Num país cheio de contrastes sociais, as mudanças só poderão ocorrer com a participação do eleitorado, votando naqueles mais comprometidos com as propostas que modifiquem tais contrastes.

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NOVA FRIBURGO não se exclui do problema. Para romper este desafio, os candidatos precisam estar ligados a temas que falam diretamente à juventude e ofereçam perspectivas de crescimento profissional e pessoal. De nada adiantarão as promessas genéricas, sabidamente desinteressantes, e que não conseguem atrair os jovens.

CAMPANHAS motivacionais elevam a importância da juventude no processo eleitoral. Porém, mais que o convencimento da propaganda oficial é a mobilização partidária quem pode oferecer novas opções aos jovens, quer pelo engajamento partidário, quer pela demonstração de questões de políticas públicas que sensibilizem a juventude, dentre elas, o esporte, a educação, a cultura e o meio ambiente.

PARA ROMPER este desafio, os candidatos precisam estar ligados a temas que falam diretamente à juventude e ofereçam perspectivas de crescimento profissional e pessoal. De nada adiantarão as promessas genéricas, sabidamente desinteressantes, e que não conseguem atrair os jovens. O Brasil vive um momento raro de inclusão da juventude e o município não pode perder esta oportunidade de mudar também o seu perfil eleitoral. Em nome do futuro.

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