Na noite da última sexta-feira, 9, uma sessão solene da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Nova Friburgo homenageou as trajetórias de Laercio Rangel Ventura, ex-diretor de A VOZ DA SERRA, in memoriam, e de seu primo, o jornalista e escritor Zuenir Ventura. A cerimônia no auditório da CDL contou com a presença de nomes ilustres ligados a Nova Friburgo. Foi uma noite de homenagens e histórias.
No início do evento, o presidente da CDL e do SinComércio, Braulio Rezende, falou sobre a amizade e o respeito que sempre existiram entre Laercio Ventura e os lojistas friburguenses, lembrando que o ex-diretor de AVS chegou a ser informado sobre aquela homenagem pouco antes de falecer, em fevereiro deste ano. "Nós estávamos discutindo uma data para essa cerimônia. O Laercio era um grande amigo e sempre trabalhou em favor dos comerciantes de Nova Friburgo. Em situações difíceis sempre buscávamos o seu aconselhamento e a sua orientação. Por isso essa homenagem é muito importante para nós. A história de Nova Friburgo deve muito ao Laercio”, destacou Braulio.
Além dele, compuseram a mesa que conduziu a cerimônia sua esposa Simone Pinheiro Costa; o empresário e vice-presidente do Sindicato do Comércio Varejista (SinComércio), Tony Ventura; sua esposa Stefania; o jornalista e escritor Zuenir Ventura, um dos homenageados da noite; e Adriana Ventura, diretora de A VOZ DA SERRA e filha de Laercio.
Na plateia, diversos nomes ilustres, como o ator e diretor Jayme Periard; o pianista Plínio Padilha; a ex-secretária municipal de Cultura, Dilva Moraes; o presidente do Grupo de Arte, Movimento e Ação (Gama), Chico Figueiredo; o fundador do Gama, Júlio César Seabra Cavalcanti (Jaburu); o ex-deputado estadual Carlos Guimarães; a ex-secretária municipal de Educação, Ledir Porto; o médico cirurgião Gustavo José Ventura Couto; e o ex-presidente do Fluminense Football Club, Ângelo Luiz Ferreira Chaves.
Adriana Ventura, diretora de A VOZ DA SERRA, recebe a placa em homenagem a seu pai, Laercio Rangel Ventura, das mãos do presidente da CDL, Braulio Rezende
Após a execução do Hino Nacional, Adriana Ventura foi a primeira a ser homenageada em nome de seu pai, Laercio. Em seu discurso, a diretora de AVS enfatizou a importância da confiança em todas as relações que envolvem o funcionamento de um jornal de interior, a começar pela própria confiança pessoal necessária para enfrentar o desafio de dar continuidade e ao mesmo tempo modernizar uma empresa com quase sete décadas de história. "Eu tenho muito orgulho de toda a história deste jornal e todo o passado de meu avô e meu pai junto ao jornalismo”, afirmou. "Hoje o desafio de continuar essa história está diante de mim, e essa é uma grande responsabilidade. Mas não sinto medo. Nunca deixei de sentir a presença de meu pai e sinto como se ele estivesse sempre me inspirando diante das decisões. Eu tenho a alegria de estar aqui com meu filho Gabriel, que passou dez anos morando na Inglaterra e agora está comigo à frente do jornal. Estamos promovendo mudanças necessárias, mas os princípios éticos permanecem os mesmos”, assegurou.
"Estou experimentando muita confiança desde que assumi a direção do jornal”, continuou Adriana. "E estou muito sensível à importância desta virtude em todos os níveis, nas relações necessárias ao funcionamento de uma empresa que vive da credibilidade. Quero justificar toda essa confiança por parte de nossos parceiros e, acima de tudo, continuar merecendo a confiança de nossos leitores”, frisou.
Adriana falou sobre a importância da confiança em todas as relações que envolvem o funcionamento de um jornal de interior
Zuenir relembra sua história e homenageia o primo Laercio
"O Laercio tinha que estar aqui hoje”, afirmou Zuenir Ventura logo no início de sua palestra. "Ele ia adorar ver tantos amigos aqui reunidos e ia sentir muito orgulho de ver sua filha dando continuidade ao seu trabalho com tanta determinação e competência.” Com essas palavras o jornalista iniciou suas memórias a respeito do primo e amigo falecido há seis meses.
Zuenir mergulhou em suas lembranças da adolescência vivida em Nova Friburgo, quando trabalhou como assistente de pintor, contínuo e bancário antes de descobrir o magistério no antigo Colégio Cêfel.
Ao longo de quase uma hora o público teve oportunidade de conhecer mais sobre a história de um dos maiores nomes da imprensa nacional. Desde sua ida ao Rio de Janeiro para cursar Letras, passando pelo trabalho casual no arquivo da antiga Tribuna da Imprensa, de Carlos Lacerda, por indicação de um professor. A estreia no jornalismo com o brilhante obituário de Albert Camus, o início das crônicas com um texto sobre os umbigos de Saint-Tropez, e a carreira literária que produziu diversos best-sellers e lhe rendeu a tutela da principal testemunha de acusação no julgamento dos assassinos de Chico Mendes.
Foi, enfim, uma noite de muita emoção e de justas homenagens a dois personagens de grande importância para a imprensa nacional. A cerimônia foi encerrada com a execução do Hino de Nova Friburgo, seguida de sessão de autógrafos e coquetel de confraternização.
Zuenir Ventura lembrou momentos de sua trajetória pessoal e profissional, destacando a importância de Nova Friburgo em sua vida
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