Juliana Scarini
O terceiro distrito de Nova Friburgo fica a 12 quilômetros do centro da cidade e, localizado às margens da RJ-130, faz parte do Circuito Turístico Tere-Fri. Responsável por boa parte da produção de morangos do município, Campo do Coelho também possui diversas pousadas. Porém, se o local tinha tudo para ser perfeito, a realidade é bem diferente. A principal reclamação dos moradores é a falta de infraestrutura no posto de saúde do bairro.
A reportagem de A VOZ DA SERRA esteve no posto de saúde e, segundo informações obtidas no local, faltam enfermeiros e auxiliares de enfermagem. O trabalho dos funcionários é feito com muita dificuldade, devido à falta de condições para um atendimento de qualidade. O horário de funcionamento é das 8h às 17h, com atendimento de médico clínico geral às segundas e terças, pediatra às sextas e dentista mediante marcação.
Ao todo o posto faz uma média de 40 atendimentos por dia, sem contar os atendimentos extras. “O maior problema aqui do bairro é a saúde. O posto só tem uma médica pra atender todo mundo. Eu não frequento muito o posto, só quando passo mal, mas vejo o drama de quem precisa”, afirma a moradora Edicéia Stofel. Ela ainda também cobra mais segurança para o bairro. “Durante o dia a gente vê patrulha, mas à noite eu não sei”, revelou.
Outra reclamação é com relação aos horários de ônibus. “Tem hora que passam quatro ônibus ao mesmo tempo, depois não passa mais nenhum. Deveriam reorganizar o horário da linha”, protesta Edicéia, afirmando que tem esperança.
O distrito também oferece poucas opções de lazer. Não há nenhuma praça e a única quadra de esportes está em péssimas condições, com piso danificado e grades destruídas devido às frequentes ações de vandalismo. Os vestiários foram alvo de pichações, estão sem vaso sanitário e com as pias quebradas. Ao redor, muito lixo e entulho. O campo de futebol está bem conservado, com grama bem cuidada e cortada.
O terceiro distrito possui o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) de Campo do Coelho, que atende 17 bairros, a partir de Cardinot. O horário de atendimento é das 9h às 17h e chega a atender 60 famílias carentes. “Por enquanto, o Cras está um pouco parado. Estamos esperando a Secretaria de Assistência Social retomar os projetos para iniciar os atendimentos efetivamente”, explicou Mônica Moura, coordenadora do Cras Campo do Coelho.
Na Rua Herondina José da Rosa, o morador Paulo César da Silva disse que o local é tranquilo e a única coisa que deixa a desejar é a iluminação pública. Já na Rua Jones Mendes Muniz há diversos bueiros sem tampas e faltam calçadas para os pedestres.
Outra reclamação frequente são os buracos da Rua Durval Silveira. O péssimo estado da via acaba danificando os carros que passam pelo local.
Deixe o seu comentário