O acidente de helicóptero que matou o jornalista e âncora da Band Ricardo Boechat, de 66 anos, deixou consternadas a redação e a direção de A VOZ DA SERRA. Na manhã de 19 de junho de 2017, uma segunda-feira, Boechat elogiou ao vivo o jornal A VOZ DA SERRA ao apresentar o Band News FM. No ar, o âncora disse que soube, pelo jornal friburguense, da nomeação do ex-prefeito Rogério Cabral para a Superintendência Regional do Inea, a qual criticou duramente.
"Grande A VOZ DA SERRA! Quero mandar um grande abraço para todos os profissionais de A VOZ DA SERRA, um jornal que cumpre um trabalho importante para a população daquela região, ao tornar públicos absurdos como esses", disse Boechat.
Mais tarde, em diálogo com a diretora Adriana Ventura, que entrou em contato para agradecer os elogios, Boechat afirmou: "Foi um prazer falar do jornal, além de obrigação jornalística, pois a notícia que comentei foi dada por vocês".
Boechat morreu no início da tarde desta segunda-feira, 11, em São Paulo. O helicóptero em que ele estava colidiu com um caminhão na Avenida Anhanguera. O piloto Ronaldo Quattrucci também morreu no acidente. O jornalista tinha dado uma palestra a representantes da indústria farmacêutica em Campinas (SP) e retornava para São Paulo por volta do meio-dia.
Um dos mais respeitados e admirados jornalistas do país, Boechat apresentava o Jornal da Band e a rádio BandNews FM, além de assinar coluna na revista IstoÉ. Ele também trabalhou nos jornais O Globo, O Dia, O Estado de S. Paulo e Jornal do Brasil, além de trabalhar como comentarista no Bom Dia Brasil, da TV Globo, na década de 90.
Boechat ganhou três vezes o Prêmio Esso, um dos principais do jornalismo brasileiro, e guardava 17 troféus do prêmio Comunique-se. Em pesquisa do site Jornalistas & Cia em 2014, que listou cem profissionais do setor, Boechat foi eleito o jornalista mais admirado. Em 1998, ele lançou o livro “Copacabana Palace – Um hotel e sua história”.
Filho de diplomata, Ricardo Eugênio Boechat nasceu em 13 de julho de 1952, em Buenos Aires. O pai estava a serviço do Ministério das Relações Exteriores na Argentina. Mudou-se menino para Niterói. Deixa mulher e seis filhos.
Deixe o seu comentário