“Saneamento Básico, Ambiente, Saúde e Educação.” Este é o tema da segunda palestra a ser realizada em Nova Friburgo pelo Programa Elos de Cidadania, da Secretaria de Estado do Ambiente do Rio de Janeiro (SEA)—nesta segunda, 11, a partir das 13h, no Colégio Estadual Professor Jamil El-Jaick.
A palestrante é a bióloga Ana Carolina Eugênio de Oliveira, especialista em Gestão Ambiental pela Coppe-UFRJ e mestranda em Engenharia Ambiental pela Uerj. A atividade faz parte do Elos Fortalecendo, curso de formação continuada em Educação Ambiental e Agenda 21 Escolar.
Criado em 2007, o Programa de Educação Ambiental e Agenda 21 Escolar formou o Elos de Cidadania, uma realização da Superintendência de Educação Ambiental da Secretaria de Estado do Ambiente (RJ), em parceria com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro, e conta com o apoio da Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Rio de Janeiro (Cecierj), além do financiamento do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano (Fecam-RJ), que já soma cerca de sete milhões de reais. Em Nova Friburgo, o programa conta ainda com a parceria da Prefeitura e das secretarias municipais de Educação, de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano Sustentável, e Defesa Civil.
O ponto de partida é a escola, onde o programa forma e acompanha professores e alunos na construção conjunta de um plano de ação ambiental chamado Agenda 21 Escolar. Esse plano insere a educação ambiental nos projetos pedagógicos escolares e fomenta a discussão sobre as questões do ambiente e do desenvolvimento na escola em sua relação com a comunidade local.
Nos três componentes do programa, tutores trabalham em interação permanente com as escolas em etapas teóricas e práticas. A base do trabalho é uma análise historicizada conjunta do ambiente em que se insere a escola, incluindo a ocupação do território e as relações de poder que regem o acesso aos recursos naturais. A partir daí, mapeiam-se os desafios e as potencialidades para que se planejem e executem as intervenções de curto, médio e longo prazo.
Componentes
O Elos de Cidadania atua em três frentes: com o componente Elos Formação, um curso de Educação Ambiental dirigido às escolas públicas do estado, e com o componente Elos Fortalecendo, que monitora os desdobramentos do programa nas escolas já atendidas, e com componente Elos Enfrentamento, que pretende levar informações para comunidades da região serrana sobre prevenção e enfrentamento de problemas e questões naturais.
O componente mais antigo do programa, realizado em modalidade semipresencial, se chama Elos Formação. Ele realiza a primeira análise local, o mapeamento, o plano de ação e o projeto de intervenção local. Seu público é composto por professores da rede pública de ensino, que passam por um curso de 120 horas-aula, e estudantes, com 60 horas-aula.
O segundo componente, também semipresencial, se chama Elos Fortalecendo e existe desde 2009. É oferecido ao público que já passou pelo primeiro curso, que recebe um acompanhamento da equipe pedagógica a fim de estimular a continuidade dos planos de educação ambiental e Agenda 21 desenvolvidos nas escolas. Sua carga horária é de 150 horas-aula para os professores e 60 para os alunos.
O terceiro e mais novo componente, chamado Educação Ambiental na Prevenção e no Enfrentamento de Acidentes e Desastres Naturais, Elos Enfrentamento, é desenvolvido desde 2011 na Região Serrana. Em uma parceria inédita, a Seam e as defesas civis municipais capacitam professores, agentes de saúde e defesa civil, alunos e comunidades para apoiar a organização comunitária na prevenção e no enfrentamento de acidentes e desastres naturais.
De acordo com o programa, a vulnerabilidade da Região Serrana ficou evidente com as chuvas do começo de 2011, e tornou-se óbvia a necessidade de um trabalho específico de organização comunitária. A Seam detectou que as populações não precisavam apenas de métodos de prevenção e enfrentamento, mas também de instrumentos para a participação conjunta na vida pública local, de modo a construir coletivamente estratégias efetivas de redução de riscos e de enfrentamento dos desastres e acidentes.
Por isso, esse terceiro componente tem um público mais abrangente e uma carga horária diferenciada. Os professores e os agentes municipais da Defesa Civil passam por uma formação de 116 horas. Já os alunos e as lideranças comunitárias têm 80 e 46 horas-aula, respectivamente.
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