As eleições 2016 chegaram ao fim já faz algum tempo e os eleitores só voltam às urnas em outubro de 2018, quando ocorre a próxima eleição presidencial. No entanto, equipes do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em Nova Friburgo deram início a uma nova missão: o cadastramento biométrico.
Desde o início de novembro, o cartório eleitoral da 222ª Zona Eleitoral, situado na Praça Getúlio Vargas, 89, já está disponível para os mais de 151 mil eleitores da cidade realizarem o recadastramento. A novidade teve início no dia 7 de novembro e, até agora, cerca de 300 pessoas já foram cadastradas no novo sistema eleitoral, que usa as impressões digitais do eleitor para fazer sua identificação no momento do voto. As digitais são reconhecidas por um leitor digital e comparadas com o registro no banco de dados da Justiça Eleitoral.
De acordo com o técnico judiciário, Gustavo Valadares, para quem já possui o título de eleitor, o cadastramento não é obrigatório. “A partir de agora os eleitores que vierem fazer o título serão cadastrados pela biometria. Mas, não é necessário que quem já possua o cadastro venha fazer a troca. Ela poderá votar normalmente com o título que possui”, disse.
Para fazer o cadastro biométrico, é indispensável a apresentação do documento original de identidade e o comprovante de residência. Segundo Gustavo, o processo dura em torno de 20 minutos. “Primeiro é feita uma foto, depois coletada uma assinatura digital e, por último, a impressão digital dos dez dedos”.
A balconista Thatyellen Azevedo Gripp, de 23 anos, passou pelo recadastramento. Ela já possuía o título de eleitor mas, ao ir ao cartório para realizar a transferência do local de votação, realizou o processo. “Eu nem sabia desse registro digital. Fiz o agendamento pelo site, através do próprio celular para trocar a minha sessão e acabei fazendo o cadastro biométrico. Foi rápido e bem tranquilo. Pegaram a impressão digital, assinatura e tiraram uma foto”, contou ela. Segundo Gustavo, a maior vantagem do sistema é dar mais segurança ao processo eleitoral já que com a biometria não é possível um eleitor se passar por outro.
A votação brasileira, por meio da urna eletrônica, já era considerada uma das mais modernas do mundo. Agora, com o procedimento de identificação biométrico, o pleito ficou ainda mais protegido, pois o eleitor passa a ter a identidade confirmada ao colocar sua digital no terminal da urna eletrônica; não sendo mais obrigatório assinar o caderno de votação, o que também agiliza o processo.
Ao todo, 48 dos 92 municípios fluminenses já oferecem o recadastramento para 100% de seu eleitorado. Além de Nova Friburgo, outros municípios cariocas como São Gonçalo, Nova Iguaçu, Petrópolis, Mesquita e Queimados também deram início ao cadastramento biométrico.
Os friburguenses que ainda não possuem o cadastro eleitoral ou aqueles que querem aderir a identificação biométrica devem fazer o agendamento pelo site www.tre-rj.jus.br ou pelo telefone (21) 2533-6400.
Eleições híbridas
Nas eleições de outubro de 2016, das 5.568 cidades brasileiras, 3.188 tiveram a votação por urna eletrônica, 1.540 tiveram identificação totalmente biométrica e 840 fizeram a chamada eleição híbrida.
O método de identificação foi utilizado pela primeira vez nas eleições brasileiras em 2008, quando as cidades de Colorado do Oeste (RO), Fátima do Sul (MS) e São João Batista (SC) tiveram toda a sua população votando por meio da biometria.
Dois anos mais tarde, 60 cidades, em 23 estados brasileiros adotaram o sistema, enquanto, em 2012, pelo menos 299 municípios e 24 estados já estavam utilizando a identificação por biometria.
Nas eleições de 2014, foram identificados pela biometria 21 milhões de eleitores de todos os estados e do Distrito Federal, incluindo 15 capitais.
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