Os candidatos a presidente da República deverão receber nos próximos dias um conjunto de propostas para melhorar o ensino público no país. As alternativas para se obter maior rendimento dos alunos com autonomia na direção das escolas; reformulação do ensino médio com investimentos nos cursos profissionalizantes; maior tempo de permanência dos alunos nas escolas não somente nas salas de aula, mas com atividades complementares e interativas, que despertem o interesse das crianças e adolescentes pelo aprendizado, entre tantas outras sugestões foram selecionadas pela organização não governamental Parceiros da Educação.
O trabalho é resultado de uma coletânea de propostas de especialistas em educação, que foram perguntados sobre quais medidas tomariam para melhorar o setor, caso fosse a autoridade competente para isso. O presidente da Parceiros da Educação, Jair Ribeiro, espera que as propostas sejam utilizadas pelo presidente eleito. De acordo com ele, atualmente discute-se muito a melhoria na educação, “mas faltam políticas públicas que garantam sua continuidade”. A ONG aposta na aplicação de um programa de qualidade na educação, que seja aplicado efetivamente durante as próximas três décadas e que não seja interrompido a cada troca de governo.
As propostas foram anunciadas recentemente num debate promovido na Rádio Nacional. Na oportunidade, a integrante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Júlia Ribeiro, destacou a necessidade de maior contextualização da educação, respeitando-se a individualização dos alunos, mas ao mesmo tempo estimulando-se ações mais interativas que despertem a curiosidade dos estudantes. A coordenadora de avaliação educacional da Secretaria de Educação do Distrito Federal, Gláucia Guerra, destacou que o sucesso dos alunos nas carreiras profissionais depende da eficiência do ensino básico e médio, porém, “é preciso investir, desde já, na valorização dos professores. Infelizmente o aumento no número de matrículas resulta na perda da qualidade”, observa.
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